A Fundação Cultural de Curitiba informa:
Aclamado como um dos maiores nomes da MPB no Brasil e no exterior, Guinga vai apresentar hoje, sexta (22), a partir das 21h, no Guairinha, o espetáculo Grafiando o Vento (título do CD homônimo gravado na Europa) ao lado do clarinetista italiano Gabriele Mirabassi – que está ministrando aulas na Oficina e é considerado um dos maiores clarinetistas da atualidade.
Os dois já trabalham juntos há alguns anos e, em perfeita integração, prometem uma série de blues, choros, sambas, canções, ou a mistura de tudo isso, que resulta numa música refinada e sofisticada. No programa serão apresentados alguns clássicos do compositor como Choro pro Zé, Baião de Lacan, Cine Baronesa e Canibaile, entre outras canções que fez sozinho ou em parceria com Aldir Blanc, Nei Lopes, Paulo César Pinheiro.
Guinga tem sua obra respeitada mundialmente. Virtuoso, suas composições são consideradas dificílimas não só para quem as interpreta – principalmente no violão -, como também para seus parceiros.
Guinga
Carlos Althier de Souza Lemos Escobar, Guinga, nasceu em 10 de junho de 1950, no Rio de Janeiro. Aprendeu violão intuitivamente aos 13 anos de idade. Mais tarde faria cursos de música, inclusive 5 anos de violão clássico com o professor Jodacil Damasceno. Começou a compor aos 16 anos, classificando a sua primeira canção aos 17 anos no Festival Internacional da Canção.
Trabalhou profissionalmente, acompanhando artistas como Clara Nunes, Beth Carvalho, Alaíde Costa, Cartola, João Nogueira, entre outros. Formou-se em Odontologia em 1975. Sempre compondo, teve várias de suas músicas gravadas por nomes importantes: Elis Regina, Michel Legrand, Sérgio Mendes, Leila Pinheiro, Chico Buarque, Clara Nunes, Ivan Lins e outros. Suas composições são parcerias feitas com Paulo César Pinheiro, Aldir Blanc, Chico Buarque, Nei Lopes, Sérgio Natureza, Nelson Mota, Simone Guimarães, Francisco Bosco, Mauro Aguiar e Luis Felipe Gama.
Gravou 9 CDs pela gravadora Velas: Simples e Absurdo (1991), Delírio Carioca (1993), Cheio de Dedos (1996), Suíte Leopoldina (1999), Cine Baronesa (2001), Noturno Copacabana (2003), Graffiando Vento (2004), Casa da Villa (2007) e Dialetto Carioca (2007). Todos foram sucessos de crítica. Alcançou com seu Cheio de Dedos as seguintes premiações: Prêmio Sharp 1996 – Melhor Disco Instrumental, Prêmio Sharp 1996 – Melhor Música Instrumental (Dá o pé o Loro) e Prêmio Sharp 1996 – Melhor Produção (Paulo Albuquerque).
Guinga teve sua obra gravada por Leila Pinheiro no CD Catavento Girassol (pela gravadora EMI). As 14 faixas do CD são todas de autoria de Guinga em parceria com Aldir Blanc. A música Chá de panela trouxe para Guinga o Prêmio Sharp 1996 de melhor música popular brasileira.
O artista também se apresentou vitoriosamente no exterior: Festival Brasiliana-Madrid 1993, Café Central-Madrid 1996 (durante 15 dias), Festival Internacional de Guitarra – Cordoba (Espanha) – 1996, Festival Braziliana-Jazz (Copenhagen-Dinamarca) – 1997. E, em Perugia, na Itália, conheceu o clarinetista Gabriele Mirabassi, e gravou o CD Graffiando Vento.
Em 2002 Guinga teve sua biografia completa escrita pelo jornalista Mario Marques, no livro Guinga, os mais belos acordes do subúrbio, publicado pela Editora Gryphus. Em 2003, foi lançado na Bienal do Livro o songbook A Música de Guinga, também editado pela Gryphus.
Concerto Guinga & Gabriele Mirabassi
Data: 22 de janeiro Horário: 21h Local: Guairinha
Ingressos: R$ 20 ou R$ 10 mais um quilo de alimento não perecível) e R$5 para alunos da Oficina
Concerto especial da Oficina, ingressos diferenciados