16:14Requião, o governador enceradeira

Deu no blog “Cápsula Curitibana”, de L. Carneiro(http://capsulacuritibana.blogspot.com):

Roberto Requião terminará seu período no governo do estado com um novo apelido: enceradeira. É que ele, nesses quase 8 anos no poder, não conseguiu resolver dois problemas que prometeu, na época ainda como candidato, ser capaz de resolver. Os pedágios e a superlotação dos presídios.
A promessa requianista era de abaixar ou acabar de uma vez por todas com o pedágio, na visão dele, uma grande roubalheira, no que de certo modo está coberto de razão. Porém, em vez de abaixar ou acabar, o pedágio aumenta anualmente, para desespero do povo paranaense, cansado de pagar caro por estradas “comunzinhas da silva”, ou “de Mello e Silva”, para a mágoa de Requião, que ficará até o derradeiro dia de sua vida afirmando ser tudo culpa do “Jeeeeeeime”.


Para um governo assaz incompetente, não era de se estranhar que a tão prometida solução do problema penitenciário do estado nunca aconteceria. Por mais que o secretário Delazari afirmasse aos quatro ventos a construção de presídios no interior, a grande verdade é que o número de bandidos cresceu vertiginosamente nos últimos anos, talvez influenciados pelos próprios políticos, que ao contrário dos bandidos de quinta categoria, nunca vão para a prisão. A Polícia Militar do Paraná faz um ótimo trabalho, prendendo diariamente um grande número de meliantes e picaretas por todo o estado, mas como a justiça é falha e a demanda é enorme, os presídios ficam superlotados, com gente saindo pelo ladrão (desculpem pelo trocadilho idiota…). Pior exemplo do número absurdo de presos por metro quadrado encontrava-se na Presídio de Piraquara, reduto principal da criminalidade paranaense, junto com alguns escritórios no Centro Cívico. Na última semana, cansados das péssimas condições, os presos resolveram fazer uma rebelião em Piraquara, batendo em agentes penitenciários e matando presos rivais. Foi um pandemônio, notícia nos principais jornais do país, mostrando a incompetência do governador Requião e do secretário Delazari no trato com a Segurança Pública. Preocupados com a imagem do governo, o governador decidiu agir e transferiu cerca de 400 detentos para o Presídio do Ahú, local que após a desativação do presídio, em 2006, foi cantado em verso e prosa como um futuro Centro Judiciário de Curitiba, ou mesmo como um parque de diversões. Assim como o pedágio, Requião anunciou que o Presídio do Ahú iria acabar em seu governo, e agora, às portas de sua saída da cadeira do Palácio das Araucárias, o dito cujo reabre as portas daquilo que ele considera um mal para a cidade. É a prova da incompetência e da falta de visão de um que foi engolido pela própria história, e hoje gira em torno do próprio eixo na tentativa de uma sobrevida no cenário político nacional.

 

 

http://capsulacuritibana.blogspot.com/2010/01/enceradeira.html

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