8:53Que saudade do Greca!

Do Manezão da Vila Fanny:

O Alvaro Dias foi para Porto de Galinhas curar a dor-de-cotovelo com as recentes pesquisas eleitorais. O Requião, para a Ilha das Cobras, interagir com os seus semelhantes nesse tempo de mandato que lhe resta como o “dono do pedaço”. O Beto Richa, que estava em campanha pelo Oeste, aliou o útil ao agradável e vai curtir o réveillon na rica programação do Hotel Bourbon Cataratas de Foz do Iguaçu, regado ao que há de bom e de melhor nessas festividades. E eu fiquei em Curitiba. Mas o que se há de fazer em Curitiba nessa época do ano?
Show da virada? Queima de fogos? Nada! P… nenhuma. A RPC, que se conecta à programação da Rede Globo na cobertura desses eventos nas “capitais”, desloca parte significativa de sua equipe de jornalistas para o litoral. Assim como acontece no Carnaval por estas bandas, o litoral se transforma na capital do estado da alegria e da diversão. Se bobear, até carvão e cerveja faltam por aqui.
Por conta de uma propaganda toda de sabe-se lá o quê, a cidade, que fica carente de nativos, ganha uma população extra de turistas, mas não lhes dá a devida atenção. O que fazer com essa gente? Fácil, diria o personagem do Chico Anysio, o deputado federal Justo Veríssimo de Santo Cristo: “Eu quero mais é que pobre se exploda”!
Na administração do Rei Momo Rafael Greca, o curitibano ainda podia optar entre ficar em casa ou sair para ver o show da Leci Brandão no Largo da Ordem. Também podia brincar de se estressar no congestionamento de carros que lotavam o Parque Barigui para ver o espetáculo pirotécnico iluminar o lago do jacaré, mas tinha algum poder de escolha. Hoje, o infeliz que ficar em Curitiba na virada do ano e ainda passar pelo constrangimento de receber visitantes de outras cidades, amigos de outros países para ciceronear, está ferrado!
Resta torrar a cabeça no segundo andar do ônibus de turismo ou, ali mesmo, pentear a crina na ponte preta da João Negrão com a Sete de Setembro, no momento em que o veículo trafega pelo trecho; ou, ainda, soltar aquele gritinho afeminado com o frio na barriga que dá a descida da lotação pela avenida Manoel Ribas depois da curva do cemitério na volta de Santa Felicidade. É emoção demais para um curitibano pobre.
Ah, existem os parques! Pois é, o Manezão aqui tem de gastar todo um dicionário de verbos sobre os hábitos de uma vida saudável para convencer os turistas de que eles estão acima do peso, sedentários, e, dessa forma, justificar a necessidade de passar uma semana de verão batendo ponto nos parques da cidade, quando não no Passeio Público. Até que alguém rebate na lata: tem academia lá onde eu moro. C’Est La Vie! E olha que os shopping centers ficaram fora desta “programação”.

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