17:36Pesquisa, susto e ojeriza

O governador Roberto Requião tem outros motivos, além dos números do Ibope, Datafolha e Paraná Pesquisas, para soltar os cachorros em cima dos institutos. Em 2006, quando ele disputava a reeleição ao governo do Paraná, confiou plenamente no que lhe foi informado na pesquisa de boca de urna e autorizou à sua equipe convocar uma entrevista coletiva de imprensa para o dia seguinte antes mesmo de aberta a primeira urna para a contagem. Como se sabe, naquele dia ele deve ter passado o maior sufoco da sua vida política porque até o finzinho da apuração que estava na frente era seu (dele) adversário, o senador Osmar Dias, que acabou perdendo a parada por 10 mil  votos. O que se conta é que, no Canguiri, Requião dava pulos e cobrava de Marcia Cavallari, diretora do Ibope, o que a pesquisa tinha apontado. Ela, calma, sempre lhe dizia que seria os municípios da Grande Curitiba o fator da virada – o que de fato aconteceu. Mas o susto foi tão grande que, no dia seguinte, Requião, reeleito, aloprou total na entrevista e, no fundo da alma, deve ter coloado Osmar Dias no extenso rol de inimigos, por ser o motivador do susto que lhe abalou a confiança absoluta que tinha em faturar facilmente a eleição.

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