Do observador:

Virou mania nacional. Miilhares de consultores andam por aí faturando alto, falando, bradando, explicando que o negócio agora, além dos puns bovinos, é ter qualidade.

Mas o que é qualidade? É como ética ou saudade.  Ou se tem ou não se tem, a única diferença concreta é que qualidade tem quatro sílabas e ética e saudade só três, porque todas elas interpretam algo que nunca se completa. Cada cérebro tem um conceito sobre qualidade, sobre ética (e falta de) e saudade. O Lula, por exemplo, acha eticamente louvável ter saudades e admira as qualidades do Collor, do Renan, do Jader, Sarney, etc e etc, e ainda assim diz que nós é que estamos na merda. O que não deixa de ser uma qualidade ou virtude nossa de estarmos na merda, apesar de ele ser uma caca. Diante disso…. 

O grande craque de futebol pode ter grandes qualidades de driblador, mas não é perfeito porque não sabe arrematar a gol. O açúcar tem inúmeras qualidades, menos aos diabéticos. A melhor qualidade do bom político é ter caráter, mas poucos o possuem.

O grande tribuno tem a qualidade de arrebatar o público, pena que escreve tão mal. 

O bom jornalista tem a grande qualidade de jamais achar alguém perfeito, nem ele, mas isso o torna um elemento nocivo ao bem estar dos poderosos. Portanto, não é  tão  bom jornalista como  imagina ser em termos de unanimidade qualitativa. 

A publicidade exibe as melhores qualidades de um produto e a propaganda repete isso com os governantes de plantão. Se fosse verdade, não existiria o Procon, nem a oposição. 

Ao se perguntar ao “Google” o que é qualidade, a resposta não é encontrada , apesar das esforçadas tentativas de explicação encontradas em 32 milhões e 700 mil possíveis respostas. Isso: 32.700.000. Logo, não é qualidade, mas defeito, embora seja uma qualidade do “Google” concentrar tantas respostas para algo absolutamente subjetivo. 

Opa! A qualidade é subjetiva, ou seja não é objetiva, Assim, a qualidade sendo subjetiva demonstra não ter qualidade objetiva.