Do Goela de Ouro:
Especulações sobre a próxima pesquisa do Datafolha, que vai apontar a quantas anda o prestígio dos pré-candidatos paranaenses na corrida eleitoral do ano que vem. Os mais otimistas acreditam que a brincadeira da candidatura de Roberto Requião à Presidência da República pode virar coisa séria , ou seja, chegar perto dos 10%. Será?
Fica a dúvida: o Datafolha vai considerar Requião apenas como candidato a presidente da República ou incluirá seu nome também na corrida ao Senado? Em política, como em tudo na vida, vale aquela velha sabedoria popular que diz que é “melhor uma passarinho na mão do que dois voando” e, ao que se sabe, os passarinhos andam um tanto confusos, quando não adormecidos lá pelo Canguiri. E a pesquisa do Datafolha é aguardada como um “wake up”.
Dentro do PT da Dilma, correm comentários de que a oposição (PSDB e DEM) está tão mal das pernas que o grande incômodo do momento é gastar energia com os desencontros do PMDB e a tal candidatura de Requião à sucessão do Presidente Lula. E aqui no Paraná ela continua firme no propósito de construir um palanque seguro, não como aquele do Requião que desmoronou no Interior recentemente.
Na coluna de hoje da Gazeta do Povo, o jornalista Celso Nascimento dá uma pista de como será o destino da Nação sob a batuta de Roberto Requião. Vale conferir:
Que país é este? 1
O que você acha de um país que terá entre suas prioridades lutar pelo fim do neoliberalismo; que abandonará toda a política econômica e cambial empreendida pelo governo Lula; que procurará reestatizar empresas privatizadas; e que vai implantar uma reforma agrária calcada na luta contra os latifundiários? Seria este país a Bolívia de Evo Morales ou a Venezuela de Hugo Chávez? Não, este seria o Brasil sob a Presidência de Roberto Requião.
Que país é este? 2
Tais objetivos fazem parte de uma lista de 13 pontos que Requião quer que o PMDB adote caso o partido venha a optar por uma candidatura própria (a sua, naturalmente), em vez de manter-se aliado ao PT e ficar com a vice de Dilma Rousseff. Aliás, segundo a visão de Requião, o “novo” PMDB, em campanha, faria “oposição programática de esquerda” a Lula com a mesma intensidade com que combateria o PSDB e o DEM. Campanha, aliás, que Requião gostaria que fosse financiada com recursos públicos, conforme inscreve no item 13 dos seus princípios.