5:53Manobras

O deputado estadual Waldyr Pugliesi, presidente do PMDB do Paraná, mandou bala naquilo que classificou como “manobras para esvaziar a pré-candidatura” do governador Roberto Requião à presidência da República. Hummmmmm. Citou especificamente o caso da presidente nacional do partido, deputada federal Íris de Araújo, que não estava no diretório em Brasília para receber a inscrição. “Onde estava ela?”, indagou. “Uma mulher deveria ter no mínimo a cortesia de estar no diretório sabendo que nós estaríamos lá para fazer o registro da pré-candidatura do Requião”, afirmou. O interessante nessa história é que há dois meses, mais especificamente no dia 29 de agosto, Íris veio a Curitiba para participar, no Hotel Bristol, de um evento do “PMDB Mulher”, onde também se faziam presentes o secretário-geral do partido, João Arruda, sobrinho do governador, e o vice-governador Orlando Pessuti, a quem ela derramou elogios e apoio à candidatura ao governo do Paraná. Fez mais, aliás. Em discurso, defendeu abertamente  candidatura própria à Presidência da República e apontou o nome do governador Roberto Requião como um dos mais fortes da legenda. O que mudou? Deve ter sido o cardápio do famoso jantar em que a cúpula do PMDB  bateu martelo num acordo para apoiar o PT de Dilma Rousseff na corrida à sucessão do presidente Lula. “Não se decide a vida dos brasileiros em jantares de meia dúzia”, gritou Pugliesi ontem, para afirmar depois que a inscrição de Requião será levada para a convenção nacional.  “A candidatura do Requião mete medo em muita gente. Por exemplo, os banqueiros farão de tudo para que o elenão seja nem candidato e sendo candidato possa chegar a presidência da República”, disse o deputado para justificar as tais “manobras” que denuncia. Isso é política!

Compartilhe

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.