Para sorte minha quem abriu a porta foi o Papai Noel. “Entra, entra”, ele disse, “feliz Natal!”
“Faz Ô! Ô! Ô! pra mim”, pedi, enquanto constatava a berruga ao lado do nariz.
“Ô! Ô! Ô!”, ele fez. Dei um tiro na sua cabeça. Sempre dou tiro na cabeça. Com esses coletes novos à prova de bala, aquela técnica de atirar no terceiro botão da camisa para furar o coração pode não funcionar.
de Rubem Fonseca no livro “O Seminarista“