14:50A Ferroeste explica as locomotivas

A respeito de notas aqui publicadas sobre a compra de locomotivas por parte da Ferroeste, recebemos a seguinte mensagem enviada pela assessoria de imprensa daquela empresa:

A respeito da nota publicada neste blog sobre a compra de locomotivas pela Ferroeste, respeitamos o direito a opinião, mas queremos esclarecer alguns pontos. É preciso considerar o perfil técnico da aquisição. A compra deve ser conduzida em função do projeto original da ferrovia. Nossas linhas foram construídas para operar com locomotivas de 3 mil HP, e não de 1.500 HP, como é o caso da locomotiva nacional citada (a “EIF 1000”) na matéria. É preciso salientar que as locomotivas que a empresa utiliza atualmente são de 1.550 HP, o que tem provocado altos custos de operação e manutenção. Essa é uma herança equivocada da antiga operadora privada, que faliu. O projeto original da Ferroeste previa trens com 54 vagões e três locomotivas de 3 mil HP.

Pela lógica da informação do blog, deveríamos comprar sete máquinas por R$ 21 milhões (considerando a informação de menor preço passada pelo blog). Neste caso, teríamos uma disponibilidade de tração equivalente a 10.500 HP (7 x 1.500 HP). Por outro lado, as sete máquinas que a Ferroeste pretende comprar darão à empresa uma disponibilidade de 21.000 HP pelo preço máximo de R$ 25.900,00. Ou seja: com 23,33% de recursos a mais teremos o dobro da potência de tração disponível. Se fôssemos comprar essas máquinas de 1.500 HP para ter a mesma capacidade de tração, gastaríamos R$ 42 milhões, equivalente a 14 máquinas. Tudo isso com o agravante de não podermos operar com eficiência e custos baixos.

Outra questão é que das quase três mil máquinas existentes no Brasil, quase cem por cento são locomotivas importadas do mercado norte-americano. O Brasil não fabrica máquinas de 3.000 HP.

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