9:06Uma viagem pelo Iguaçu no século XIX

O jornalista Gilberto Larsen, cujo livro sobre a história do transporte no Paraná está quase pronto, agora dá o retoque final em como era viajar pela Hidrovia do Iguassu no final do século XIX. Ele  adianta que eram 705 km navegáveis a partir de Porto Amazonas até Porto União da Vitória, incluindo afluentes como o Potinga e o Rio Negro. E revela: “O Mark Twain retratou o Mississippi. Nós tivemos o Alvir  Reisemberg, o escritor do Iguaçu. Ele escreveu muita coisa e consultando seus alfarrábios, além de outras fontes, estamos terminando um texto que retrata dois dias e meio de vapor (tempo médio da viagem) entre os dois extremos navegáveis do Iguaçu (aproximadamente 200 km). A comida (charque em diversas formas, caça, frutas silvestres, biscoitos), as acomodações, a paisagem (pinheiros a perder de vista e nada de poluição), a tripulação (o mecânico geralmente era um imigrante alemão recrutado no Norte catarinense). A tripulação era formada por marinheiro (mas o mar estava distante). Em São João do Triunfo estava o porto de Palmira. Uma espécie de Natchen paranaense. O local abrigava fábricas de cerveja e gasosa, moinhos, hotéis e outras instalações para atender os viajantes. Hoje é um minúsculo ponto no mapa. E tem o Lloyd Paranaense S.A. que organizou do ponto de vista capitalista, a navegação fluvial até morrer em 1953 com o avanço do rodoviarismo”. Larsen prometeu um texto inédito do livro para os leitores deste blog. Aguardamos.

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