10:04A bola agradece

Quanto vale um gol como o de Marcelinho Paraíba ontem contra o São Paulo. Não tem preço! Não apenas pelo fato de ele ter sido olímpico, numa cobrança perfeita de escanteio pelo lado direito do ataque coxa. Apenas os grandes jogadores sabem bater na bola com tal maestria, com o lado interno do pé esquerdo, colandando veneno na bola. Mas o de ontem foi um exagero de magia, porque a curva mostrada pela tv foi tão grande, que deu até a impressão que a bola fosse sair da área, apenas para ficar no exagero nelson rodrigueano. O grande Aladim Luciano, que batia também assim, e fez muitos gols olímpicos, com certeza ficou feliz de ver alguém fazer igual. A curva da bola lembrou muito aquela do gol de Nelinho na Copa de 78, na Argentina, só que, na ocasião, foi um chute de fora da área, com o lado externo do pé direito, na batida que os boleiros chamam de “três dedos”. No de ontem à noite, teve até jogador que estava dentro da área que comemorou como se tivesse tocado na bola. O único que a tocou foi o craque, o escolhido pelos deuses para brindar a todos que amam o futebol com uma obra de arte como essa. E ela, a bola, obedeceu e agradeceu.

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