Nasceu há 58 anos nessa Curitiba para ser a primeira repórter esportiva do País e atleticana divinamente apaixonada. Ganhou respeito porque sabia tudo do futebol por vivê-lo intensamente dentro e fora das quatro linhas. Desfilava pelos vestiários, salas de diretoria, departamento médico e gramados de salto alto, bolsa, vestidos de grife, sempre maquiada, enfim, tão elegante quando sua postura profissional e o texto que abrilhantou as páginas da sua querida Tribuna do Paraná e do jornal O Estado de São Paulo. Fez rádio e televisão com o mesmo carisma. Mas, acima disso, era ser humano sensível, companheira para a ajuda, para o consolo, para a festa, para o choro. Os deuses escolhem as almas puras e que brilham e lhes apresentam as provações na vida. Sonia Regina Nassar, ao contrário de uns poucos privilegiados, não segurou o tranco mesmo porquê era a fragilidade em pessoa. Ela foi embora em 2001, pouco antes de o seu Clube Atlético Paranaense ganhar o primeiro título do Campeonato Brasileiro. Tinha cinquenta anos de uma caminhada onde deixou, para sempre, a grande lição do ser humano.