A rádio CBN acaba de anunciar a morte do jornalista Walmor Marcelino. Segue texto enviado por um colaborador deste blog que o conhecia bem:
Walmor Marcelino era um jornalista radical. Não por sua filiação ao partido comunista e sua militância de esquerda, no período mais negro da ditadura. Mas pela férrea convicção de suas ideias progressistas, eventualmente dogmáticas.
Processado num IPM (inquérito policial-militar) da ditadura, foi preso e demitido da Assembleia Legislativa, onde era funcionário de carreira, e os jornais lhe fecharam as portas.
Homem de teatro, escreveu peças e alguns ensaios históricos, um deles sobre a guerra do contestado.
ao final das contas, foi absolvido no IPEM e readmitido na Assembleia.
Mas sempre esteve à margem. Nunca abriu mão de seus princípios. Era um personagem desconfortável para o status quo curitibano, pois sempre estava em busca da verdade.