De um dos pátios ter olhado
as antigas estrelas,
do banco da
sombra ter olhado
essas luzes dispersas
que minha ignorância não aprendeu a nomear
nem a ordenar em constelações,
ter sentido o círculo da água
na secreta cisterna,
o odor de jasmim e da madressilva,
o silêncio do pássaro adormecido,
o arco do saguão, a umidade
– essas coisas são, talvez, o poema.
de Jorge Luis Borges