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Daniel Lúcio Oliveira de Souza, superintendente da APPA, produziu ontem, na Escola de Governo, a seguinte declaração, publicada na Agência Estadual de Notícias, durante a assinatura do convênio para construção de casas para os moradores da Vila Becker, que moram ao lado do terminal de álcool ali construído e inaugurado em 2007 ao custo de R$ 13 milhões e que funcionou apenas cinco meses em dezoito:  “O problema social daquela área já dura 40 anos. Por omissões do passado, chegamos a uma situação conflitante entre os interesses da expansão das instalações portuárias da área pública, e a questão social, que ali já existia. O governador Requião orientou para que fosse dada uma solução pacífica e respeitosa”. Para quem não sabe, desde que a coisa foi construída, houve um incêndio e um vazamento de combustível, além a falta de licença ambiental, que fez o Ministério Público interditar o funcionamento, razão pela qual o governo de esquerda e para os pobres de Requião “optou” por construir as casas. Aproveitando a bola levantada, Rafael Greca, presidente da Cohapar, completou: “A melhor coisa que vai acontecer é que as famílias vão deixar de viver num lugar de risco, onde pode haver explosões e falta saneamento – por ali entrou o cólera no final da década de 90. É uma situação que já dura muito tempo e agora vamos dar uma solução. As famílias daquelas localidades irão para um bairro novo, num lugar chamado Porto Seguro”. Resumindo: estes representantes da ninguenzada estavam lá há 40 anos levando a vida até que fizeram o favor de colocar lá um terminal de álcool cuja trilha sonora é “eu sou a explosão da bomba!”. Em pouquíssimo tempo, correram o risco de virar churrasco por duas vezes. Agora o governo do Paraná faz onda porque vai ter de construir uma nova vila. E o grande estadista, para fechar o espetáculo, anuncia que decidiu aumentar as casas em 12 metros quadradados. Ah, bom! É mais saudável do que a confecção de paletós de madeira.

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