Do Goela de Ouro:

Parece que quando o assunto são as mamatas e o tradicional corpo-mole do funcionalismo público paranaense – e do resto do país – diante de qualquer feriado mais ou menos santo, o governador Roberto Requião não vacila, não tolera lero-lero e joga duríssimo com os que acham que isso aqui é a casa da mãe Joana. Tanto que está brigando na Justiça contra sindicatos e agora quer mandar lei para a Assembléia acabando com as paralisações em feriados municipais. Sem ironia, um verdadeiro exemplo de austeridade para o país e o povo paranaense. Pena que nem todos que hoje têm cargos em comissão no governo, em especial os maiores salários, achem que essa posição deva realmente ser levada a sério. No palácio, o que se comenta é que muitos diretores suspenderam o feriado da “arraia miúda”. Mas eles só voltam mesmo ao batente na quarta-feira. A idéia é fazer a secretaria funcionar e se alguém ligar (em especial ele, o poderoso!) a ordem é dizer que o bacana acabou de sair e que está no celular. Pode? Veja o exemplo da Rádio e da TV Educativa. Ali, os que fazem a coisa funcionar de verdade, mais uma vez, não tiveram feriado. Vão trabalhar e sequer vão receber horas extras ou compensações. Mas nenhum diretor desses que ganham bem e vivem exigindo que ninguém falte nos feriados está trabalhando. Todos acabaram se sair e estão atendendo no celular. Taí, caro governador: ou moralizamos tudo ou todos nos locupletemos.