7:08Museu da Periferia chega ao Sítio Cercado

Do jeito que veio, vai: 

Moradores do Sitio Cercado participam nestes dias 02 e 03 da Oficina “Museu, Memória e Cidadania”, ministrada pelo IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus.) A oficina tem por objetivo a instalação de um Ponto de Memória em Curitiba, que dará subsidio para a continuidade da organização do Museu da Periferia, o MUPE. A instalação dos pontos de memória faz parte de um projeto piloto, articulado entre o Ministério da Justiça (pelo Pronasci) e o Minitério da Cultura. A meta é chegar a várias cidades brasileiras, entre elas: Curitiba, Rio de Janeiro, Recife, Salvador, Brasília, Belém, Porto Alegre, São Paulo e Vitória. 

 Você já ouviu falar no MUPE, o Museu da Periferia? Ele vem sendo organizado por moradores do bairro Sitio Cercado desde abril deste ano. A idéia foi incentivada pelo deputado federal Ângelo Vanhoni, depois de conhecer a experiência dos Pontos de Memória, que também podem ser denominados como “museus comunitários ou museus sociais”. Tratam-se dos novos projetos museológicos concebidos pelo IBRAM – Instituto Brasileiro de Museus. Alguns dos exemplos inspiradores para o que surge em Curitiba são os que já acontecem nas comunidades dos morros do Rio de Janeiro: o Museu da Maré (na Favela da Maré) e o MUF – Museu da Favela, (no Morro do Cantagalo).  Em Curitiba, o  Ponto de Memória receberá recursos da articulação entre o Ministério da Justiça, pelo Pronasci (Programa Nacional de Justiça com Cidadania) e o Ministério da Cultura, pelo Ibram. O objetivo desta articulação é implantar os pontos de memória em regiões caracterizadas pelo alto índice de violência, e por este motivo o bairro Sítio Cercado foi escolhido. O Ponto de Memória, dentre as várias funções, quer resgatar a auto estima da comunidade, através da reconstrução da memória social e coletiva, a partir do cidadão, de suas origens, suas histórias e seus valores.   

Começo da história

Entidades, associação de moradores e  artistas receberam a idéia positivamente e em abril, a ACNAP (Associação Cultural de Negritude e Ação Popular), no Sítio Cercado, recebeu a visita de contadores de histórias do Rio de Janeiro, articulados ao Museu da Maré e ao Museu de Favela – MUF para uma troca de experiências sobre a implantação dos Pontos de Memória em suas comunidades. Já em maio foi realizada uma reunião com os interessados no bairro em organizar a proposta para a criação do Ponto de Memória. Além da escolha do nome “Museu da Periferia”, o encontro também resultou numa lista de assinaturas solicitando a oficina de museologia ao IBRAM. Oficina “Museu, Memória e Cidadania”

Nesta semana, a Oficina reivindicada chega até eles. Mário Chagas, diretor do Departamento de  Processos Museais do Ibram, estará na Associação Nossa Senhora da Luta, no Sitio Cercado, para ministrar a oficina “Museu, Memória e Cidadania”. Segundo Mário Chagas, “é uma oficina que tem o sentido de mobilização e sensibilização dos participantes para a temática do museu compreendido como uma tecnologia social e a idéia de um museu cooperativo. A oficina tem esse sentido, trabalhar a temática museu e trabalhar a memória também na perspectiva da criação. Não há criatividade sem memória. A memória como uma possibilidade também de futuro. Pela memória criamos novas utopias, novos futuros e finalmente a idéia de cidadania. Tanto o museu como a memória são direitos do cidadão. Os moradores do Sítio Cercado têm direito não só a visitar os museus existentes no Paraná, no Brasil e também fora do Brasil, mais ainda, tem direito de fazer o seu próprio museu.”  
Serviço

Oficina “Museu, Memória e Cidadania”  ministrada pelo Ibram

Quando: Dias 02 e 03, a partir das 19 horas

Onde: Associação Nossa Senhora da Luta – Sitio Cercado 

As inscrições para a oficina são limitadas. Os interessados podem se inscrever pelo e-mail em [email protected]. Acesse também o blog do MUPE: www.mupe.wordpress.com

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