21:37Sindicato denuncia, Pimentel diz que pode fundir os dois jornais do grupo

Do Portal Comunique-se, em reportagem de Izabela Vasconcelos:
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor-PR) divulgou uma nota oficial onde afirma que Paulo Pimentel, dono do grupo responsável pelos jornais O Estado do Paraná e Tribuna do Paraná, está disposto a fechar um dos diários, caso uma ação, movida pelo sindicato em novembro de 2008, que exige pagamento de horas extras aos jornalistas, não seja retirada. A empresa nega as acusações.

Segundo o Sindijor-PR, o Grupo Paulo Pimentel (GPP) marcou uma reunião com a entidade para discutir soluções para o caso, mas a empresa não chegou a nenhum acordo e, na mesma reunião, o empresário Paulo Pimentel teria dito que fecharia um dos jornais por dificuldades financeiras.

“Depois que afirmou que fecharia o jornal, a empresa avisou aos jornalistas que, caso a ação não fosse retirada, fecharia um dos jornais. Mas isso eles não disseram para o sindicato”, afirmou Aniela Almeida, diretora financeira
do Sindijor-PR. De acordo com Aniela, depois que souberam da declaração da empresa, a entidade procurou Pimentel, que confirmou que a ação deveria ser retirada para que o jornal continuasse existindo.
Ação está em fase inicial

O sindicato alega e contesta que a ação nunca prejudicaria a empresa nesse
sentido. “O processo está em fase inicial de tramitação, sem sequer ter
havido a audiência de instrução ou muito menos uma sentença de primeira
instância. Trata-se de um caso pior que um simples assédio moral. Beira a
chantagem, a extorsão mesmo”, afirmou Fernando César Oliveira, diretor do
Sindijor-PR.

Aniela afirmou que a entidade está disposta a negociar. “Se a empresa
não estiver em condições, vamos nos entender, podemos negociar. Estamos
abertos para isso, mas o Paulo Pimentel não se mostrou disposto a negociar
conosco”.

O sindicato alega também que empresa cometia assédio moral, por falta e
limitação de recursos para reportagens, como “ausência de telefones para
fazer ligações para fora da Região Metropolitana de Curitiba, ausência de
carros para levar os repórteres para coberturas corriqueiras, demissão dos
funcionários mais antigos e transformação dos colunistas em pessoas
jurídicas, entre outros despautérios”, diz a nota do sindicato, que
denunciou o caso ao Ministério do Trabalho.
Grupo nega acusações

De acordo com Pimentel, as acusações do sindicato não passam de um
“blefe”. “A notícia do sindicato não procede. Os nossos funcionários
não concordam com a ação movida pelo sindicato. E não temos expectativa de
fechar o jornal, essa história é um blefe”, afirmou.

Apesar de negar que fecharia um dos jornais, Pimentel informou que o grupo
estuda a possibilidade de fundir os dois jornais. “Não é fechar, seria uma
fusão, sem nenhuma relação com a ação trabalhista do sindicato, nada
condicionado. Mas isso é uma coisa que ainda estamos estudando”, declarou.

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