Do ombudsman:

O jornal Gazeta do Povo é o mais importante do Paraná, não há dúvida nenhuma. Passa, nos últimos anos, por um processo muito saudável de transformação. Nos últimos dias, entretanto, a primeira página do jornal foi tomada por experiências de transgressão, como se diz no campo das artes plásticas. A descaracterização gráfica do “rosto” de um jornal tradicional, que poderia ser comparado, nas devidas proporções, ao O Estado de São Paulo, é, no mínimo, arriscada. A edição de hoje é um exemplo do que pode acontecer em meio a tanta “experiência”. A manchete, imprimida com palavras de tamanhos diferentes, é “PAC a passos lentos”. Mas o que se lê, de primeira, é “PACa passos lentos”, até pela separação das palavras. Logo abaixo, há uma fotografia em oito colunas de um enterro, onde pessoas usam máscaras, que pode ser confundida com a manchete principal na cabeça de um desavisado. Isso porque a chamada referente a ela está dentro de um “selo” azul, que “some” diante das letras garrafais da manchetona lá em cima, que diz: “Procura por exames da gripe Z dobra em Curitiba”. A legenda da foto está dentro do selo, no fim de um texto de oito linhas, onde se explica que aquela imagem se refere ao enterro da pessoa que pode ter sido a primeira vítima da doença na Grande Curitiba.