A praga do crack chegou faz tempo ao Porto de Paranaguá. Não são poucos os trabalhadores que estão na dependência desta droga. E de todas as idades. Há casos de estivadores na faixa dos 40 anos que, sem nenhum outro vício até então, foram tragados pelo consumo desenfreado da pedra maldita. Com isso, pararam de produzir. É o horror!
O que precisamos urgentemente é pena criminal diferenciada para o traficante de crack. Ele sabe que a dependência do cliente é fulminante, então, não há chance depois do contato inicial do usuário, imediato dependente. Portanto, é um diferencial terrível em relação a outras drogas e se combate o traficante com o mesmo arsenal legal defasado em relação a esta nova realidade. Mas os nossos parlamentares estão mais preocupados com os atos secretos do que com a manifesta perniciosidade social do crack e principalmente dos traficantes e financiadores do tráfico. São os portuários, são os cortadores de cana, são trabalhadores da cidade que embarcam nesta viagem sem volta neste país sem esperança para eles. A calamidade pública está às nossas portas e não há reação. Não merecemos este país.