10:04O lixo que não é lixo

Deu no blog “Máfia do Lixo” (www.mafiadolixo.com). Para quem entende do riscado, esse pode ser um grande sinal do que vem por aí em cima do prefeito Beto Richa (PSDB):

Governador Requião pede que prefeitos assumam coleta do lixo para acabar com a corrupção nas concessões
O governador Roberto Requião sugeriu que as prefeituras do Litoral assumam a coleta de lixo para acabar com a corrupção nas concessões. A afirmação foi feita durante a entrega de 12 ônibus escolares para Pontal do Paraná, Matinhos e Guaratuba, num palanque improvisado na frente da Pefeitura de Pontal.  Requião pediu que os prefeitos usem os recursos que pagam às empresas de coleta de lixo na compra de equipamentos para que as prefeituras assumam o serviço. “Nós estamos nas mãos destas empresas de coleta de lixo, que cobram verdadeiras fortunas para fazer a limpeza das ruas. Os milhões que nós gastamos o ano passado com estas empresas será investido em equipamentos. A ideia foi muito bem aceita aqui no Litoral. Vamos acabar com esta corrupção. Não seremos mais pressionados por empresas que querem ganhar o que não devem”, afirmou Requião.


Prefeitos de cidades da região metropolitana de Curitiba se reúnem e tratam de novas alternativas para o destino do lixo

No Paraná os prefeitos das cidades de São José dos Pinhais, de Pinhais e de Tijucas do Sul estiveram reunidos. Entre os assuntos discutidos, destaca-se a questão do lixo. A intenção dos prefeitos é viabilizar novas alternativas para a destinação final dos resíduos sólidos urbanos. Atualmente, Pinhais, Tijucas e São José dos Pinhais fazem parte do Consórcio Intermunicipal para Gestão dos Resíduos Sólidos da Região Metropolitana de Curitiba. Este consórcio intermunicipal é formado por Curitiba e mais 15 cidades da região metropolitana. A licitação promovida pelo Consórcio Intermunicipal está “sub judice” e ainda é analisada pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná, onde tramita processo sobre o tema. O aterro sanitário para onde são enviados os resíduos sólidos urbanos dessas cidades está com a sua vida útil em fase de esgotamento previsto para o mês de julho de 2009, conforme declarações da Prefeitura de Curitiba, responsável pelo empreendimento da Caximba. As operações de recebimento de lixo no Aterro Sanitário da Caximba deverão continuar por mais três ou quatro meses. Isso porque até lá não se terá um novo aterro sanitário para destinar o lixo diário dessas cidades. No Paraná as alternativas para destinar as 2.400 toneladas de lixo produzidas por dia pelos 16 municípios integrantes do Consórcio Intermunicipal são somente em empreendimentos privados, os quais ainda não possuem licenciamento de operação (LO) do Instituto Ambiental do Paraná (IAP). Um dos empreendimentos indicados pelo IAP para destinar a massa de resíduos das 16 cidades sofreu uma intervenção da Justiça Federal. Uma liminar concedida pela Justiça Federal, em ação popular, impede a instalação do aterro sanitário. A situação dos municípios do Consórcio Intermunicipal do Lixo é complicada. Isso porque estão vendo o Aterro Sanitário da Caximba dar os seus “últimos suspiros”, e logo terão que encontrar uma alternativa para o destino final do lixo. As prefeituras de São José dos Pinhais, de Pinhais e de Tijucas do Sul saltam a frente dos demais municípios e se preocupam com a possibilidade de ali adiante estarem enfrentando o caos no lixo. E há ainda aqueles que não acreditam no final da licitação bilionária do SIPAR, certame esse promovido pelo Consórcio Intermunicipal do Lixo. Acorda Paraná!!! Limpeza Urbana, Meio Ambiente, Municípios, Política Caximba, Consórcio Intermunicipal do Lixo, Curitiba, IAP, Pinhais, São José dos Pinhais, SIPAR, Tijucas do Sul

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5 ideias sobre “O lixo que não é lixo

  1. Carlos Américo

    Comprar caminhões é tão fácil como construir hospitais. Depois vamos conviver com o que está acontecendo com o Hospital Regional de Paranguá, fruto da falta de planejamento. “Por fora, bela viola, por dentro, pão bolorento”. Quando os caminhões começarem a parar por falta de funcionários ou porque não tem peças ou pneus, aí a população testemunhará e pagará pela falta de tirocínio administrativo de quem teve a brilhante idéia. Os serviços podem ser terceirados, sim, desde que o poder público haja com seriedade na concessão e na fiscalização.

  2. jango

    Em parte o governador Requião tem razão. Mas, não se cumpre a lei existente desde 1999. O que se vê em Curitiba é o interesse “dos empreendedores do lixo” prevalescer sobre o interesse público. As autoridades públicas devem dar cumprimento à lei, mas todas estão prevaricando nisso. Diz a lei de resíduos – LEI Nº 12493 – 22/01/1999:

    Art. 20. Todos os Municípios do Estado do Paraná, para fins de cumprimento da presente Lei, deverão disponibilizar áreas e/ou reservar áreas futuras para efetivação da destinação final dos resíduos sólidos urbanos, mediante prévia análise do Instituto Ambiental do Paraná – IAP.

    O resto é conversa fiada e enganação do povo que precisa do serviço e não tem. A lei e seu regulamento, se cumpridos, resolveriam a questão. Se a questão não está resolvida é porque existem “outros interesses” envolvidos ou o interesse nenhum de resolver mas somente de fazer discurso.

  3. Pé Vermelho

    E as tais casas da mãe e da criança? O governo constrói o prédio mas as prefeituras terão que pagar ginecos, obstetras, pediatras, odontos, etc. Truco negão…

  4. Read Aued Guriar

    A única solução para os resíduos sólidos é a logística reversa.
    Não sou político, não sou empresário, não tenho nenhum interesse outro que a civilização sustentável. Por isso posso falar com isenção de ânimo.

    O consumidor deve levar a parte não consumida de um produto de volta ao revendedor quando for substituir o que foi consumido. O revendedor devolve ao atacadista quando este fizer a entrega de novos produtos e, o atacadista devolve para o fabricante quando da reposição do seu estoque. Simples assim. O resto é abobrinha. Não existe lixo, só existe empresário do lixo, que inventa o inventável.

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