Da coluna do jornalista Celso Nascimento, na edição de hoje do jornal Gazeta do Povo:
O ex-presidente da Paraná Esportes Ricardo Gomyde repetiu ontem um gesto que outros desafetos do governador já fizeram, com bons resultados. Demitido anteontem do cargo e avisado por meio de um recado transmitido pelo chefe da Casa Civil, Rafael Iatauro, Gomyde resolveu enfrentar Requião cara a cara. Aconteceu ontem à tarde, em Colombo, durante a solene inauguração de um posto de saúde pelo governador e pelo prefeito José Antonio Camargo.
Gomyde, que na última eleição fez 5 mil votos no município para deputado federal pelo PCdoB, compareceu ao evento. Requião dirigiu-lhe uma gracinha: “Já assumiu lá?”, querendo referir-se a um posto na prefeitura de Curitiba, já que sua demissão teria sido justificada pela proximidade de Gomyde com Beto Richa.
Gomyde reagiu asperamente: “Se você quer eleger o João Arruda, eleja, mas não precisava fazer essa canalhice comigo e com o PCdoB”. Assustado com a reação inesperada, o governador silenciou e tratou de encerrar logo o ato e sair de Colombo. Gomyde acusa Requião de tê-lo demitido para abrir espaço para a candidatura a deputado federal do sobrinho João Arruda na região Norte Pioneiro, onde Gomyde concentra a maior parte do seu eleitorado.
SINA
Uma história de rimas pobres.
Brasileiro daqueles roxo,
não era manco, nem coxo.
Filho de Zé com Maria,
o primeiro da cria.
Veio ao mundo de parteira,
a mãe logo mostrou que era parideira.
Teve escola no laço,
mostrou que era bom de braço.
Mas o peãozinho era levado,
Tinha “umas” idéias, era atinado.
Queria estudar em escola,
nem era bom de bola.
O pai logo pensou:
“esse vai me sai dotô”.
E não estava errado o “desgramado”,
o menino estudava feito um condenado.
Logo na primeira oportunidade,
entrou pra tal faculdade.
Luta dura prá manter ele lá
e mais oito que ficaram cá.
E o danado não voltava,
passava ano, só escrevia que estudava.
E a saudade que apertava,
E o coração da mãe e do pai que chorava.
Mas não é que um dia,
no meio da invernada fria,
saltou do ônibus o galalau.
Comprido, moço feito, um vara-pau.
O tal diploma de doutor,
ele já trazia na testa.
A mãe Maria era só amor.
Pro pai José, o negócio era festa.
Mas doutor em que ele tinha formado.
Era da lei, era advogado.
Queria pr’aquele povo justiça,
trabalho e não preguiça.
Foi muito aplaudido,
muito festejado.
Até no outro dia
a festança ainda corria.
Semana depois, o filho de Maria,
já tinha seu escritório de advocacia.
Defendia causa de peões,
contra carrascos patrões.
E aos poucos já era conhecido
como o doutor dos esquecidos.
Era advogado batuta,
não tinha medo, brigava, ia à luta.
Porém o dinheiro era pouco,
e cá prá nós, ninguém é louco.
Era só mudar de mesa,
que sobrava dinheiro além da despesa.
Dito e feito! O doutor quis virar prefeito.
Ficar rico e poderoso em cima do mau feito.
Com o apoio dos poderosos,
sacrificando os misericordiosos.
O final desta história,
não é muito cheio de glória.
A gente vê e vive todo dia,
a canalha do poder, só fazendo folia.
E o povo? Esquecido!
Coitado, mais uma vez iludido, traído.
A esperança que era “collorida”,
Ficou azul, ficou vermelha, ficou preta, ficou perdida.
Sorte para Curitiba ??????? O Requi é assim basta encará-lo que ele corre, aliás não somente ele, alguns assessores diretos também….
Gomyde: Onde apanho material prá campanha aqui em Barra do Jacaré?
Booooooooooooa Gomide!!!
Segundo o que circula pelos corredores do Palácio é que antes do Requião demitir o Gomyde por prevaricação, sendo que as provas contra o mesmo são muitas, chamou o Milton, que é o presidente do PC do B no Paraná para explicar o que estava acontecendo, inclusive mostrando documentos provando os fatos, mas este assim mesmo continuou defendendo o acusado.
O Requião disse claramente que a atitude não era contra o partido, mas sim contra o Gomyde que não tinha honrado a confiança nele depositada e mesmo assim o presidente do PC do B continuou mantendo a sua posição.
Vendo que o Requião não recuava o Milton então mudou de tática assumindo um novo discurso, o de que se o problema não era com o partido então que o Requião colocasse outro membro da agremiação no lugar, no que o Requião concordou.
O Milton rapidamente propôs a nomeação do Joel Benin, no que o Requião discordou dizendo que o mesmo por ter sido o chefe de gabinete do Gomyde não poderia ocupar o cargo por também estar envolvido e sugeriu o nome do Cláudio Ribeiro pelo mesmo ser de confiança do governo e um cara honesto, o que causou forte reação no presidente que não aceitou o nome.
O Requião perguntou o porquê dele não aceitar o Cláudio no que raivosamente o Milton reagiu dizendo que o mesmo não era de seu grupo interno no partido e que tinha de ser um deles e assim foi encerrado o diálogo.
O Milton saiu da sala do Requião dizendo que se o Gomyde não continuasse no governo nenhum membro do partido ficaria e logo após convocou uma reunião da direção partidária onde informou não a verdade dos fatos, mas sim que era uma perseguição política ao partido, assim tentando levar vários dos dirigentes ao erro.
Por que o Milton tomou está posição?
Está mais do que claro que a razão é o fato dele antes do Joel Benin ter também sido chefe de gabinete da Paraná Esportes, assim estando comprometido até o pescoço com o que lá ocorreu no governo passado.
Outra informação que circula é a de que o pessoal do Gomyde hoje estava fazendo uma limpa nos documentos da Instituição pública.
O que será que tanto temem?
Entre o Gomyde e o nada, eu fico com o nada.
Só a chiação do Gomide não vale.
Enquanto o Gomide não responder as acusações de corrupção que o Requião lhe fez, ele está na berlinda.
Caso ganhe de presente uma nomeação do Beto Richa na Prefeitura, ou de modo disfarçado na Assembléia do Rossoni, então bingo ! O Gomide fica devendo.
Vai ser sorvete na testa. Pagará o mico.
Então, nessa, o Requião terá razão .