9:15Silêncio

De Tostão, craque de bola e o melhor colunista esportivo do país:

Gosto de palavras, de som, de música e também de silêncio, do que é dito com os gestos e com o olhar. Gosto ainda da luta silenciosa, feita com atitudes, e não com discursos vazios e oportunistas. O silêncio comunica mais que o ruído. Nós é que não sabemos escutá-lo nem compreendê-lo.

Não sei porque escrevo isso. Deve ser porque vi na TV partidas de tênis pelo Torneio de Roland Garros. Não entendo nada, mas gosto do silêncio que os narradores e os comentaristas desse esporte fazem quando a bola está em jogo. Até os torcedores fazem silêncio.

Sei que o futebol é muito diferente. Dizem que o silêncio derruba a audiência. Será? Mas não é necessário também, enquanto a bola estiver rolando, falar tanto, dar tantas informações e ainda narrar o lance óbvio, como passe para o lado. TV não é rádio. Estamos vendo a jogadas. Não somos cegos nem burros.

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6 ideias sobre “Silêncio

  1. BIQUEI

    Qual os motivos para estarem todos,com o radinho colado ao ouvido, o tempo todo.

  2. jango

    Tostão – bate nas letras com a excelência que tocava a pelota – fala a óbvia verdade. Pegam as vezes um ex-jogador famoso para comentarista e não escutamos nada de novo, nada da cultura do futebol, nada da experiência porventura adquirida nos campos, só “papo de boleiro”, que tem seu lugar mas não na narração de partida de futebol. Às vezes até estão manietados ou são colocados à sombra de “sumidades” que pouco sabem do assunto. Uma das melhores narrações de partida de futebol que assisti os comentaristas eram Silvio Lancelotti e Juca Chaves que junto com o narrador deram um show de conhecimento, fatos interessantes, cultura futebolística e humorismo, enriquecendo o jogo narrado, que pouco foi narrado. Esses caras vão a todas as copas e jogos e não são capazes de enriquecer uma narração. Seria melhor o silêncio, com diz o Tostão, até porque a maioria dos jogos nada acontece. Fui …

  3. Maringas

    Não vejo a hora, de poder assistir (com a tv digital) os jogos só com o som ambiente.

    Como disse o grande jurista que foi comprar um exemplar do Código Civil Brasileiro e a balconista ofereceu uma edição comentada: “me dá o código seco que comentários faço eu!”

  4. Paulo César

    Tambem no radio, esta cada vez mais difícil escutar futebol, quando não estão agredindo nossa inteligência estão agredindo nossos ouvidos com o som de bate-estaca ao fundo da narração.

  5. Craveiro

    sto porque Tostão não conhece o Jason, aquele que nunca sabe se é falta ou lateral ou escanteio. E por cima troca o nome de todo mundo. Parece que ele está “narrando” o jogo e lendo a Luluzinha… Mas, apesar de tudo é agora Vulto Emérito da cidade, título concedido pela nossa gloriosa Câmara Municipal.

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