Recebemos da Federação da Agricultura do Estado do Paraná a seguinte “Nota de repúdio ao ministro Minc” assinada pelo presidente Ágide Meneguette:
A Federação da Agricultura do Estado do Paraná – FAEP repudia veementemente os insultos proferidos pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, contra a bancada ruralista no Congresso Nacional e contra os produtores rurais em geral.
Não sabe o ministro que a grande maioria dos produtores rurais brasileiros e em particular do sul do país são pequenos ou médios agricultores. No Paraná, por exemplo, 85% das propriedades têm até 50 hectares. O Código Florestal atinge a todos com suas exigências absurdas que lhes subtraem uma substancial área de produção, o que significa perda de renda.
Ao defender mudanças no Código Florestal, as instituições que representam os produtores e os parlamentares da bancada ruralista estão lutando por dar um sentido racional à legislação ambiental, sem ferir o meio ambiente, mas dando condições para a produção agropecuária.
O ministro Minc cometeu um deslize muito sério para o cargo que exerce e que merece reparação.
O melhor que a Federação da Agricultura do Estado do Paraná – FAEP poderia fazer era dar o exemplo, mostrar que os 85% dos pequenos e médios produtores tem as suas propriedades, pelo menos, com a devida preservação das áreas de preservação permanente, as chamadas APPs, à beira dos rios, córregos e nascentes – as matas ciliares. Enquanto não demonstrar isto toda argumentação é vã, porque parece a serviço exclusivamente dos grandes produtores, os 15 % restantes, que não preservam APPs à beira dos rios nem querem averbar as áreas de reserva legal. Lanço este repto. Porque, a rigor, poucos cumprem a legislação florestal, e não é de hoje.
Exigências absurdas?
Absurdo e ver a quantidade de toras de araucarias que esse povo esta cortando.
Convido vcs a daqui uns dias dar um passeio pela rua XV de Novembro.
Os sojicultores plantam até debaixo das suas casas que não tem quintais, nem pomares, muito menos jardins. Para os madeireiros, árvore boa é tal qual um bandido. Só é bom, morto. Vejam os índices de doenças e mortes causadas por agrotóxicos. São maiores justamente nas áreas de intensa monocultura. As futuras gerações maldirão quem fere a Mãe Natura que a cada dia pratica a sua vingançazinha: uma seca aqui, uma enchente acolá…
Nenhum país no mundo exige que o produtor rural deixe de produzir alimentos em 20% da area mais a beira de rios. Isso nao acontece nem nos Eua, Europa ou Argentina. Isso pode resultar em 30 ou ate´40% da area em muitas propriedades. Calcule 30% a menos de renda em toda a cadeia produtiva e na economia, especialmente nas pequenas cidades. Se a lei existe ha 40 anos e ninguem cumpre, e´ porque tem algo errado com ela. Vejam a coragem de SC que aprovou codigo florestal proprio ajustado ´a realidade do estado.