6:25Irresponsabilidade das “Toridades”

por Denis Ferreira Neto

A cada dia nos deparamos com novos escândalos envolvendo o meio político, corrupção, uso indevido de verbas públicas, abuso do poder e outros delitos. Só não ouvimos falar da punição que receberam ou receberão. Até porque se e quando são punidos, as penas em geral são leves, afinal eles são Toridades.

Políticos – aqueles que criam as leis, mas não as obedecem, eles que deveriam dar o exemplo, eles são os primeiros a rasgar o código de ética. É simples: eles acham, ou melhor, eles têm certeza de que, sendo Toridades, o carteiraço é válido e o “você sabe com que está falando” lhes garante impunidade aos crimes que cometem. Toridade é tão toridade que intimida até aqueles que deveriam registrar e informar a veracidade dos fatos.

Na semana passada aconteceu o acidente envolvendo o deputado estadual Luiz Fernando Ribas Carli Filho (PSB), 26 anos, e que resultou na morte de dois jovens, Gilmar Rafael Souza Yared (26) e Carlos Murilo de Almeida (20). O Passat alemão do deputado literalmente passou por cima do Honda Fit, no cruzamento das ruas Ivo Zamlorenzi com Paulo Gorski no bairro do Mossungue. Segundo o que foi apurado até agora, ao bater o velocímetro do Passat travou em 190 Km/h. Aonde será que o jovem deputado ia com tanta pressa àquela hora da madrugada, numa rua com radares onde a velocidade permitida é de 60 Km?

A irresponsabilidade da Toridade está aí: eu posso, eu faço acontecer, se levar multa eu não pago, tem sempre algum amigo pra livrarm minha cara – e é só carteirar que eu estou livre de qualquer punição. Casos exemplares: o acidente que envolveu o sobrinho do governador Requião; carteirou, está livre. O caso do deputado Romanelli que furou o pedágio sem pagar. O assassinato do Índio Galdino em Brasília – dos cinco acusados dois são filhos de Toridade, Antônio Novely Cardoso de Vilanova, filho de juiz federal, e Max Rogério Alves, criado por um ex-ministro do TSE . É o poder da TORIDADE.

Como todos os políticos têm plena consciência de que a opinião pública não faz diferença alguma para eles, continuam cometendo absurdos e usando o seu poder de Toridade, pois sabem que o povão tem memória curta e não vai ler nem ouvir, equando ficam sabendo acham que foi “só” uma fatalidade. Assim, vamos elegendo pessoas que não têm qualificação para exercer cargo político – e pagando seus salários, gratificações, mordomias e colocando à disposição o imenso e inesgotável cofre público.

O absurdo neste caso do deputado Carli filho é que até o delegado do caso deu entrevista afirmando que o velocímetro do Passat da TORIDADE  estava zerado (contradizendo o que as testemunhas afirmaram ter visto no local, velocímetro marcando190 Km/h). Mas não para por aí: teve até um suposto técnico de trânsito que em uma entrevista para uma TV local falou que a culpa não era dos veículos, e sim do engenheiro que construiu a via. Só faltava essa! A estratégia era de tentar dividir as opiniões e livrar a cara da TORIDADE, coitadinho, que está tão mal. E os inocentes… que pena! Já da TORIDADE, quem vai cobrar é a contabilidade cósmica, porque aqui…TORIDADE pode tudo.

O Brasil é o ou não é o país da autoridade? Ops… da TORIDADE?

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Uma ideia sobre “Irresponsabilidade das “Toridades”

  1. miltinho

    Se o Denis acha isso, que faça o que eu venho fazendo: VOTE NULO. DIVULGUE O VOTO NULO. FAÇA DE TUDO PARA DESTRUIR A IMAGENS DOS POLÍTICOS. QUE VÃO TRABALHAR ESSES VAGABUNDOS.

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