15:39STF reabre caso das “bruxas” de Guaratuba

Deu na rádio CBN:

Celina Abagge e a filha Beatriz Abagge, acusadas de assassinar uma criança em ritual de magia negra em Guaratuba, em 1992, vão voltar ao banco dos réus. O Supremo Tribunal Federal decidiu que as duas devem ir a novo julgamento. Elas foram absolvidas por júri popular no Fórum de São José dos Pinhais, em março de 98. Foi o julgamento mais longo da história da justiça brasileira, com 34 dias. Os jurados entenderam que não ficou comprovado que o corpo encontrado era do menino assassinado. Mas o exame de DNA teve resultado positivo de 99%. O Ministério Público recorreu, pedindo que o júri fosse anulado. A defesa conseguiu manter a decisão em instâncias superiores até o caso chegar ao STF. O julgamento no Supremo Tribunal Federal foi presidido pelo Ministro Celso de Mello. O relator, ministro Eros Grau, entendeu que a decisão de absolver as rés foi “arbitrária e manifestadamente contrária à prova dos autos”. A data no novo julgamento ainda não foi definida. A Vara Privativa do 2o Tribunal do Júri de Curitiba recebeu a decisão nesta semana.

O menino Evandro Ramos Caetano tinha sete anos quando foi assassinado. O corpo foi encontrado na serraria de Aldo Abagge, marido de Celina e então prefeito de Guaratuba. Outros cinco acusados do crime também foram julgados.

Três foram condenados. O pai-de-santo Osvaldo Marcineiro e Vicente de Paula Ferreia pegaram 20 anos de prisão. David dos Santos Soares foi condenado a 18 anos e 8 meses de prisão. Eles estão cumprindo as penas. Outros dois acusados de envolvimento, Airton Bardelli dos Santos e Francisco Cristofolini, foram absolvidos em júri popular.

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4 ideias sobre “STF reabre caso das “bruxas” de Guaratuba

  1. João José, JJ

    A perseguição a estas duas mulheres é uma vergonha.

    E tudo começou porque o marido de Celina, então Prefeito de Guaratuba, ousou discordar e romper com um governador paranaense, que tem mania de recitar poemas sobre o caráter na mídia…

    Quem tem caráter, não precisa pagar mídia para dizer que tem.

    Quando às Abagge, é uma barbaridade o que estão fazendo com elas – já absolvidas muitas vezes.

    Pena que os pessoal da Polícia Científica, por medo do chefe maior, não divulga a verdade, sobre os laudos do corpo que foi encontrado, na época.

    É uma boa pauta, para bons jornalistas…e uma Imprensa independente…

    É é uma vergonha taxar de bruxas a estas duas senhoras, não condenadas. Parece que parte da Imprensa está travestida de Torquemada.

    JJ

  2. Alan Pereira Imperatriz

    É uma pena que a prescrição tenha ocorrido para a ré Celina Abagge. Mas de qualquer modo, a Justiça irá triunfar nesse caso. Outro fato lamentável é que o incansável Promotor Celso Luiz Peixoto Ribas, que tanto lutou para colocá-las trás das grades não está mais entre nós. Que a futura condenação seja então em sua homenagem e também da tão desacreditada Justiça brasileira.

    Alan

  3. nazareth moreaux

    Fico pensando, pensando, analisando fatos que passram pelas minhas mãos e que comprovam que celina e beatriz não são as bruxas de guaratuba. Como jornalista e cidadã, acredito na inocência dessas duas mulheres que conheci pessoalmente.
    Gostaria que fossem encontrados os verdadeiros bruxos…
    Gostaria que a justiça fosse feita…justiça de verdade!

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