De Mané Galo, da Ilha do Chapéu, na baía de Guaratuba:
O prefeito do Rio de Janeiro mandou colocar bancos que não permitem um cochilo dos moradores de rua. Agora, nas praças, os bancos têm uma divisória que não deixa espaço para mendigos dormirem. Ninguem falou em construir um local adequado para que essas pessoas passem a noite, ganhem um prato de alimento e um mínimo de conforto. O morador de rua continua sendo um estorvo para políticos que assumem o poder com objetivos bem claros: conseguir se reelejer quantas vezes for possível, acertar a vida de parentes e amigos e proteger os poderosos que são os que financiam campanhas eleitorais.
Poderiam usar a experiência do Resgate Social da FAS de Curitiba. O serviço pode estar longe da perfeição, mas ainda assim está a anos-luz do que existe em outras capitais. É preciso lembrar sempre da abnegação do pessoal que faz o recolhimento da população de rua. O trabalho é árduo, exige desprendimento e amor ao próximo, pois não há salário que pague tanta dedicação. Isso sem falar que uma coisa é trabalhar nas madrugadas da outrora Cidade Maravilhosa, e outra é percorrer as ruas da gélida Curitiba nos meses de inverno, tentando evitar as mortes por hipotermia.
Ai mané galo, entao cidadania pra voce eh um banco de praça… tenha santa paciencia… lugar de mendigo é de banho tomado dentro dum abrigo publico, quem dorme em banco é animal…
Ué, tem muita gente que prefere dormir em bancos públicos do que ter que ir para um abrigo. É só vc perguntar pro povo que mora na rua. Tem muitos que escolheram esse tipo de vida. Outros que não, estão na rua devido as fatalidades da vida, mas mesmo assim, entre ficar num abrigo cheio de lei e morar na rua com liberdade, preferem as ruas. O problema é que a nossa civilização acha isso um despautério. Como pode, né? Mas cada um define seu mundo como quer. Moro na frente de uma praça onde sempre há pessoas dormindo nos seus gramados, nunca representaram uma ameaça. E me sinto bem em saber que ali existe liberdade o suficiente para quem quer viver de maneiras difentes das usuais. A cidade é de todos, ou não?
O Prefeito do Rio de Janeiro, que quando deputado era do PSDB, depois para ser eleito, se juntou com o PT do Lula, poderia resolver esse problema dos mendigos, se é que é problema, fazer igual o então Governador Carlos Lacerda, que mandou jogar todos no Rio Guandú.
São Paulo tem muitos movimentos de auxilio a morador de rua. Eu mesmo já participei de um. O que não é vantagem nenhuma pea turba que vive ao léo. Curitiba tem boas intenções mas não deve dar conta desse público que vem aumentando muito nos ultimos tempos.
Concordo com dr. Gerson: quando repórter tive oportunidade de accompanhar algumas ações de resgaste da FAS. Sem o pessoal saber quem eu era. O pessoal é dez. Vi cada cena, escutei cada conversa…Repito – mil loas para a turma que faz o FAS
Sem contar a proposta de construir muros envolta das favelas para que elas não continuem crescendo. Realmente, tentar resolver o problema de forma que seja proveitosa para ambas as partes, não passa pela cabeça de ninguém. Porém, concordo com Alice, muitos deles não querem sair dali. Seja das favelas, das praças, das ruas, das pontes… A quantidade de pobreza, mendigos, bêbados e drogados que encontramos nas ruas do Rio é absurda. Absurda mesmo. Não sabemos em quem confiar. Enfim… Mete mil bolsa auxílio ou um sopão comunitário que tudo fica lindo!!!!