Do filósofo do Centro Cínico:

Um amigo meu esteve na Itália e, na volta, compartilhou comigo uma experiência vivida. Em Roma, ao visitar a Catedral de São Pedro, ficou pasmo ao ver uma coluna de mármore com um telefone de ouro, como se fosse um “orelhão”. Perguntou a um padre que passava a razão do que lhe pareceu uma ostentação. Ficou sabendo que aquele telefone estava ligado a uma linha direta com o Paraíso e  que custava US$ 100 por minuto a ligação. Ele ficou tentado, mas declinou. Na continuação da viagem, encontrou várias igrejas com o mesmo telefone de ouro e sempre ouviu a mesma explicação: US$ 100 o minuto para falar com o Paraíso. No retorno a Curitiba, foi passear no Centro Cívico e encontrou algo parecido num dos prédios. Mas a coluna era de mármore, o telefone normal e havia um cartaz: “Linha direta com o paraíso – preço da ligação: R$ 0,05 por minuto”. Meu amigo não se aguentou e comentou com uma pessoa que trabalhava no local que tinha acabado de viajar por toda a Itália e que viu em todas as catedrais telefones iguais àquele, para entrar em contato com o Paraíso, mas que o preço da chamada era de US$ 100. “Por que aqui é tão barato?”, quis saber. A resposta veio rápida: “Meu amigo, você está no Palácio das Araucárias. Aqui a ligação é local”.