Ah, como é bom morder a língua até ela sair sangue. Como é bom poder ver na telinha um fenômeno que fora dos estadio pisa em todas as bolas e dentro, depois de quebrado em várias partes, depois de cortado e entrar em campo sob o descrédito de muitos, depois de entrar em campo com muitos quilos a mais do normal, flutua no ar no final de um jogo perdido, um clássico contra o maior rival, e cabeceia com a precisão de quem tem na alma a sabedoria da colocação, o destino dos fora-de-série. Ah, Ronaldo Nazário, como é bom ficar calado para te a plaudir depois de duvidar, de blasfemar, de achar que sua ida ao Corinthians não passava de mais um golpe publicitário. E é, mas só que você, menino ainda gordo, tem o dom que jamais deveria ser subestimado. E você, mesmo depois de já ter provado que é capaz da superação máxima, depois de ter dado uma Copa do Mundo ao Brasil, novamente desmoralizou nós, os adversários que queriam te aposentar antes, mesmo reconhecendo-o como um dos maiores atacantes da história do futebol. Os 30 minutos do segundo tempo diante do Palmeiras e de um calor infernal mostraram há pouco uma das páginas mais emocionantes da história deste futebol que tem milhares de páginas fantásticas. Você foi Pelé e Coutinho ao mesmo tempo. Levou terror à defesa do Palmeiras, que vencia por 1 a 0 e, quem sabe, também desconfiava antes de o enfrentar que seria fácil. Ave Reinaldo, Fenômeno dos fenômenos. Que os deuses dos estádios o protejam. Que seus quilos a mais desapareçam. Para a felicidade geral da nação corinthiana, da nação daqueles que não acreditaram em você, da nação brasileira que ama este esporte. Obrigado por hoje. Obrigado por tudo. O que vier para frente será lucro. Amém.
Zé,
Lindo comentário. Parabéns.
Todo o Brasil vibrou com o gol de empate do Ronaldo. Até mesmo aqueles que não gostam do Corinthians, mas, que gostam de futebol comemoram a volta por cima de mais um grande ídolo. Assim foi com Garrincha, fim de carreira, passando dificuldades, amparado pelo Timão.
Tablóides europeus, principalmente da Itália e Espanha, estampam com fotos e manchetes de primeira página o empate com gol do Ronaldo, o fenômeno.
Luciano do Valle, da Band, vibrou tanto ao narrar o gol do Ronaldo que mais parecia um torcedor. Isso mesmo. Um torcedor brasileiro que viu a recuperação de um dos maiores ídolos do futebol brasileiro.
Cara, quem gosta de futebol está feliz. O nazário nasceu para se superar, isso empolga.
Salve o futebol, salve os gols no domingo a tarde!
Atuação em si não vou comentar… também já fui centro-avante, a gente sai do banco aos 30 do segundo tempo e tem que resolver tudo em quinze minutos – Sobre a comemoração, o Simão saiu com uma boa: “Foi um a um pro Corinthians!”
Nossa, todo este fuzuê por um golzinho ? Só quero ver o que vai acontecer (ou deixar de acontecer) neste “restinho” de ano…
Eu estava lá em Prudente ontem…. corinthiano e coxa-branca já testemunhei muita decisão nos estádios que frequentei, desde o antigo Joaquim Américo, onde ia secar o Atlético ( e no novo também), no Couto Pereira, quando ainda era Belford Duarte, vendo o Coxa campeão brasileiro, na Vila, no Estádio do Café, quando morava lá no final da década de 70 e vi o Tubarão grande, e agora no Olimpico de Cascavel onde resido hoje … mas jamais, em momento algum, vi uma torcida tão enlouquecida como ontem, uma união tão grande entre uma torcida fiel e apaixonada com um ídolo que já caiu e levantou tantas vezes… Não tem como não vibrar, ainda mais, vendo meu filho, Marcelo, coxa-branca e corinthiano também, quase chorar de tanta alegria no momento do gol…. com certeza ele vai ter uma bonita história pra contar pro meu neto quando este vier, e claro, corinthiano e coxa-branca tambem…..
Concordo com tudo que foi dito acima, mas que o ídolo está gordo, está.
Tão gordo que subiu no alambrado e este desmoronou.
Essa eu nunca vi…
Até fico contente que o Ronaldo se recupere, mas, por favor, chega de bajulação, o cara não precisa disso. É triste ver os jornalistas tão fora de si mesmos antes, durante e depois dos jogos do Ronaldo. Como palmeirense, o que me irrita não é os que festejam o gordo, pois ele merece, mas os que menosprezam os méritos do Verdão. O Bruno, goleiro excelente, teve de ouvir de um repórter: “Como você se sente ao passar para a História como o goleiro que levou o primeiro gol de Ronaldo na volta dele ao futebol?”. Por favor, mais delicadeza e racionalidade. Somos mais que um gol ao fim do segundo tempo, aos 47. E pra constar: houve empate, e somos líder do Paulistão. Não assistimos TV ou assinamos jornal pra ver jornalista torcendo, mas sim trabalhando. E vivam o Diego Souza e o K9!
Abraços.