No texto publicado abaixo nota-se que em nenhum momento os nobres deputados questionaram a questão da moralidade, do nepotismo e, resumindo, da situação surreal de se aprovar o nome de um irmão do governador em exercício para um cargo onde ele participa do processo de fiscalização das contas de uma administração em que ele mesmo participou como secretário de Estado. Também não se triscou no fato de o governador Roberto Requião ter propalado para todo o Universo que Mauricio Requião era o melhor secretário de Educação do Brasil e este, de repente, não mais que de repente, se encantou pela chamada Corte de Contas. Seria por causa do cargo vitalício? Seria pela beca protetora das costas?  No balaio formado por depoimentos de Nelson Justus (DEM), presidente da Assembleia, Tadeu Veneri (PT), Augustinho Zuchi (PTB), Jocelito Canto (PTB), Caíto Quintana (PMDB) e Luis Cláudio Romanelli (PMDB), líder do governo, atacou-se a decisão do STF, que é uma liminar, pois a ação continua correndo, defendendo-se a lisura do processo. Ninguém duvida disso. O que se pergunta é o seguinte: e se o nome proposto pelo governador Requião, com a força do seu poder, fosse o do Zé da Bíblia, não seria muito mais correto vesti-lo com a beca de conselheiro e vê-lo discursar no plenário do TC, como faz na frente dos palácios do Centro Cívico, em defesa da moralidade? Aguarda-se, pois, o pronunciamento do governador, mais uma vez autor de um samba do crioulo doido – só que desta vez em co-autoria com estes senhores acima e outros que ainda não abriram a boca.