Pronto me calo, a minha mão ponho na boca. Todas as noites do velho são dores, eis que vem o fim. No tempo das aflições minha alma é uma lesma aos uivos que torce no sal grosso. Devo catar as migalhas debaixo da mesa? Morder a pelanca do meu braço? Comi a gordura, engoli as indelicadezas, cuspi os ossinhos da sambiquira. E fui deixado só com o buraco do meu umbigo. Agora me deito e sem falta morrerei.
de Dalton Trevisan
Depois de Dalton não haverá mais.
Quem vai dizer?
O que virá depois de Dalton, perdão, será plágio.
Ele ainda é assim como o jazz. Dalton criou o jazz no texto. Não há outro, nem haverá.
Levá-lo-ei com meus fortes braços à última morada.
Depois dele não haverá mais.