22:1380 anos de Djalma Santos

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Ah, menino Djalma Santos, como foi bom vê-lo ocupar todo aquele espaço no final do Jornal Nacional de há pouco. Oitenta anos! Os olhinhos brilhando como sempre porque você sempre soube reconhecer o que a vida lhe deu. A dom da arte de jogar bola como poucos e de imortalizar aquela puxada com a esquerda, o toque para levantar com a direita e tocar de peito de pé, para cima, na medida para quem você escolhesse. Garrincha, por exemplo, seu companheiro naquela faixa direita do campo. Oitenta anos, menino Djalma, e gerações e gerações souberam que nunca fostes expulso de campo. E, tomara, te ouviram falar em disciplina, essa coisa cada vez mais enterrada não só nos gramados, mas na vida da maioria dos brasileiros que se iludem com a tecnologia, querem a fama apresentada na mesma tela da Globo onde hoje você reinou, e esquecem o que tens de sobra: a humildade dos sábios. Quatro Copas do Mundo, dois títulos do Planeta Bola, uma carreira dedicada à Portuguesa, ao Palmeiras e, que felicidade!, ao Clube Atlético Paranaense, onde encerrou sua história de glórias com o título de 1970. E na reportagem de hoje, de Tino Marcos, estava lá atrás de você a faixa de campeão do rubro-negro paranaense, onde você desfilou elegância, garra, dedicação, aos 41 anos e tendo ao lado o capitão Bellini. Ah, menino Djalma, como seria bom te encontrar na esquina como estes privilegiados de Uberaba. Para poder ver você brincar com a redonda, te abraçar, agradecer por tudo que nos deu  e olhar no fundo do brilhos destes olhos para tentar descobrir a fórmula da felicidade – e então espalhar por este país que fica cada dia mais triste.

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7 ideias sobre “80 anos de Djalma Santos

  1. Allan Cunha

    Pior que ele que jogou no cap só vc que joga em cima do muro.
    Ainda estão censurando os comentários aqui?

  2. zebeto

    Allan Cunha, aqui não se censura comentários. Joga-se no lixo. Não fiz isso com este seu sobre o Djalma Santos só para poder responder. E não esqueça: amanhã é dia de missa – e água benta é bom para lavar a boca.

  3. Frik

    “atras do Tino Marcos” – mas sem qualquer mencao, para pensarem, ao ver a faixa rubro-negra de longe, que ele tambem ja teve alguma ligacao com o Fla-m….

  4. jango

    Quem viu o Charuto jogar na velha Baixada, fazendo embaixada na lateral, levantando a torcida e incentivando o time, quando o jogo estava periclitente em campo, não esquece. Bela lembrança e homenagem.

  5. zoroastro

    alguém tinha que fazer este texto chegar ao Djalma. parece prosa, mas é poesia de encher os olhos.

  6. Francisco Carnelutti

    1958: Gilmar dos SANTOS Neves; Nilton de Sordi, depois Djalma SANTOS, Hideraldo Luiz Bellini, Orlando Peçanha de Carvalho, Nilton Reis dos SANTOS; José Eli de Miranda, Valdir Pereira; Manoel Francisco dos SANTOS, Edwaldo Isídio Neto, Edson Arantes do Nascimento, Mário Jorge Lobo Zagallo.
    Em 62: Gilmar dos SANTOS Neves; Djalma SANTOS, Mauro Ramos de Oliveira, Zózimo Alves Calazans e Nilton SANTOS; José Eli de Miranda, Valdir Pereira; Manoel Francisco dos SANTOS, Edwaldo Ísídio Neto, Amarildo “Possesso” Tavares da Silveria, Mário Jorge Lobo Zagallo.
    Tempus fugit.
    Um time com tantos santos só tinha mesmo que ser bicampeão mundial.
    Djalma dos Santos, em 58, cometeu, sem querer e sem saber, grande injustiça com Nilton de Sordi, do São Paulo.
    Mas, enfim, vê-lo jogar era poesia de futebol. Lembram? Valdir; Djalma Santos, Baldochi, Minuca e Ferrari: Dudu e Ademir da Guia; e por aí vai.
    Bons termpos de Gilmar; Carlos Alberto, Ramos Delgado, Joel e Rildo; Zito e Mengálvio, Dorval, Coutinho, quem (???) e Pepe. Não falei em Calvet, Pagão etc., pra não humilhar.
    No Corinthians: Marcial: …..
    Pra não falar em Manga; Moreira, Zé Carlos, Leônidas e Rildo; Carlos Roberto e Gérson; Rogério, Jairzinho, Roberto e Paulo César. Ou Garrincha, Quarentinha, não sei quem e Zagallo.
    Ou Marco Aurélio; Murilo…
    Tempus fugit.

  7. Rubinho

    Belo texto Zé!!
    Como atleticano é emocionante ler algo assim.
    Concordo com zoroastro, é poesia que tinha de chegar ao mestre Djalma.

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