Em entrevista ao G1, onde foi sabatinado pelos internautas, Reinhold Stephanes, ministro da Agricultura, defendeu que a reserva legal na Amazônia seja de 50% nas áreas que já estão ocupadas, mas mantendo intactas as florestas que ainda não foram derrubadas (a lei atual estabelece que seja de 80%). Atacou os países desenvolvidos que, para ele, querem obrigar o Brasil a não desmatar, apesar de eles próprios terem devastado suas reservas naturais
Meu caro ZB. Será que o Ministro já plantou alguma muda de madeira nobre, de Lei? Eu plantei mil, em meu sítio em Caeté, no entorno de BH. O empregado me perguntou: Doutor, mas elas levam 20 anos para crescer!!! Respondi: Não importa, alguém vai se beneficiar delas. Hoje, infelizmente, já não mais possuo aquele sítio. Certamente está em mãos de algum predador capaz de ceifar, com desenvoltura e sob o amparo escancarado do Ministro, 500 das mil árvores que plantei, algumas delas, mudas de aroeira, trazidas de Curitiba, na mão, via Tam. Outro dia, na porta de meu Escritório, em BH, chamei, aos gritos, a Polícia, para impedir a poda predatória de uma árvore quase centenária. Fui aplaudido na rua, mas quase enfartei. Descobri, na ocasião, a minha vertente natureba, com muito orgulho. Portanto, meu caro Ministro, abra logo o jogo e ponha as cartas da mesa. A sua posição é no sentido de preservar os interesses da indústria madeireira? Nós brasileiros devemos preservar é a Amazônia, porque para aqueles auferem o lucro pelo lucro, tanto faz vender madeira como abrir bingos ou prostíbulos. Ademais, para a cabar com o desmate ilegal e predatório, basta cercar a madeira que desce pelos rios, pelas rodovias e aquela que sai pelos portos. O trabalho não é grande. É menos da metade daquele que o Páis dispende no combate às drogas e com robustas rubricas orçamentárias.
Embora não seja eleitor desse Reinhold, sei-o como político e técnico relativamente competente e perspicaz. Além, é claro, de portador de um senso oportunista acima da média. Afinal, é só olhar para o seu passado para conhecer a sua capacidade circense em pular de galho em galho, sempre, lógico, ocupando o espaço mais conveniente. A opinião dele, agora, a respeito da Amazônia, poderia ser entendida como um desses espasmos oportunistas, já que estaria favorecendo segmente importante para a sua manutenção como Ministro. Mas, penso não ser essa a questão. Pode estar ocorrendo uma grave erosão no seu juízo e, consequentemente, deveria ser encaminhado ao tratamento adequado, pois, nos dias atuais, com a pressão dos impactos sobre a mudança ambiental, alguém defender um rumo desses, só pode ser caso médico. Ah, pode ser um caso de incompetência aguda, também, já que como Ministro da Agricultura, tem obrigação de conhecer inúmeros estudos que indicam estar a solução para a ampliação de área de plantio, nas próprias terras hoje disponíveis e subutilizadas, sem haver necessidade de maior desmatamento.
Meu caro SIFU, com a qualidade de texto que demonstra, não há porque manter o codinome. Venha para a luz, amigo.
Caro Caio Brandão. Necessito saber para qual luz devo ir.
O Reinoldo é acionista da Stihll.
Neste caso, SFU, a luz é apenas o rosto, nada mais.
Esse cara nunca me enganou.
Caio Brandão. Não é a resposta que esperava. Portanto, continuarei no meu canto.