Do filósofo do Centro Cínico:
Depois de ouvir o governador ordenando que o Superintendente da APPA mencionasse o nome do deputado (Rossoni), que teria tentado impedir o andamento da dragagem do porto, me ocorreu uma coisa: se o prefeito Beto Richa fez os secretários assinarem um contrato de gestão, será que o Requião não fez um contrato de… carão? Porque só isso justificaria (justificaria?) a placidez com a qual os caras tomam esporro a três por quatro. A bem da verdade, dá para dizer que o cara tentou safar-se de declinar o nome do Rossoni, mas no fim, seguindo a máxima “manda quem pode, obedece quem tem juízo”, acabou cedendo.
Além do mais é tipo de covardia, pois o governador estando sob o crivo do parquet FEDERAL (este sim !) que colocou-o no seu devido lugar ao usar ilegalmente a Escolinha para desancar desafetos, agora, coloca à força na boca de seus comandados o fel que destila contra terceiros. E os comandados aceitam fazer isto e sem ressalvar a fonte que o comandou, como seria um mínimo de compostura.
Pobres meio-homens, esses que se azumbram a essas galhofas irresponsáveis. Devem é se tornar valentes, se nunca o foram, e enfrentar máscula e moralmente o bufão que nos governa no Estado. Como discutir algo sério e construtivo, com esse tipo de diálogo autoritário, acusatório e grotesco? Ainda mais em ambiente público, custeado com nossos impostos.
Interessante, o Requião não é nenhum santo e nunca foi, mas todo mundo esquece que o pessoal que faz oposição a ele é igual e em muitos casos até pior. Esse Rossoni então não merece nem comentários, é ruim de doer.