por Osman Gadoso
Sagitário
Quem tem inteligência não cacareja, nem vive a repetir o que “colou” nos livros ou ouviu como regra eterna. Sabe que a sabedoria vem quando se exercita o dom da vida e se é livre para assimilar e discernir, tudo temperado com as dúvidas naturais do ser humano. A menina de pele branca, olhos claros, corpo de atleta, sempre foi calada e, de vez em quando, uma lagriminha lhe caía do canto de um olho talvez como sinal para mostrar que este mundão ainda lhe é estranho. Nada impediu-a, porém, de seguir a trilha, o que importa, a caminhada. Se o quarto é bagunçado, o que importa. Ela é de uma capacidade tão absurda de entendimento, que deve achar que é isso mesmo. Para quem tem seus medos, talvez mais do que os normais para uma adolescente, encarou o desafio de ser médica, como o tio, ortopedista famoso. Do jeito dela estudou. A lâmina no em forma de cifrão indicando que seria um peso imenso entrar numa faculdade particular, sempre esteve presente. Passou nas que fez em Curitiba, e foi à universidade pública. Na véspera do resultado não derramou lagriminhas, mas um choro convulsivo ao saber do estado de alta ansiedade da mãe. Porque não a queria ver triste. Só isso. Hoje, na tela branca do computador, pouco depois das 14h, mais uma vez estava na lista dos aprovados. Chorou de alegria. Vai continuar do mesmo jeito, apenas exercitando a inteligência em seu silêncio que deveria ser exemplo.
Lindo!
Parabéns, Laura!
Esse é apenas o começo de uma linda caminhada!
Beijos
Tici
Laurinha,
até eu estou orgulhosa, de carona. Parabéns!