2:23Insegurança na Ilha do Mel

Relato enviado por leitora e colaboradora do blog:

No dia 24, estávamos eu, meu marido e meu neto em casa. Ele, o marido, foi formir lá pelas 2 horas. De manhã, vimos que alguem tinha aberto uma janela e deixado uma pegada na cama de um dos quartos.  A única coisa furtada foi uma carteira de cigarro e um isqueiro, mas o fato de sabermos que alguém entrou na casa, enquanto dormíamos, nos deixou apavorados. Dois dias depois a casa da nossa vizinha foi roubada, enquanto ela estava na praia. O resultado é que agora deixamos a casa trancada, mesmo que tenhamos que dar dois passos em direção à praia .Fomos à polícia, relatamos o ocorrido e pedimos providências, porque, nas imediações, vários desocupados estã numa casa abandonada . A polícia disse que não pode retirar os tipos do local e ficamos com a nítida impressão de que não estão nem aí, porque a praia da Nova Brasília, onde estamos, não tem movimento e a polícia parece estar a serviço dos donos de pousadas do Farol e Praia Grande, que têm capilé. No dia 31 , um rapaz foi assassinado a facadas. Foi o único caso de morte violenta no reveillon em todo o litoral. Para entrar na Ilha do Mel o visitante paga taxas- a passagem custa 23 reais, mas ninguém do governo explica para onde vai o dinheiro arrecadado com as taxas de visitação. A comunidade já pediu mil vezes explicações sobre isso – e nada. Também não há um sistema de triagem das pessoas que chegam , seja pra trabalhar em bares ou pousadas , seja para turismo. No embarque, em Pontal do Sul, todo mundo tem que preencher um cadastro com informações – para localização em caso de emergência-, mas a polícia teria que puxar a ficha do sujeito. O cadastro é feito, mas ningueé verifica a veracidade das informações.  Ou seja, o sistema implantado pelo Iap para controle de visitantes é para inglês ver, não verifica nem controla nada.  A pessoa preenche uma ficha, paga a taxa e pega o barco, mas ninguém sabe se as informações são verdadeiras. A capacidade da Ilha , segundo o Iap, é de 5 mil pessoas, mas é uma
contagem só pro forma. A rigor eles nao controlam nada. Em suma, a tal Operação Verão, a julgar pelo que acontece em Caiobá, aqui na ilha e em outros balneários, é mais uma enrolação. E salve-se quem puder.

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5 ideias sobre “Insegurança na Ilha do Mel

  1. zé do caixão

    Uma letra trocada chama mais a atenção do que o lixo, insegurança e o descaso com o nosso litoral…É uma pena!

  2. Jeremias, o bom

    A leitora e colaboradora do blog está totalmente certa nos seus relatos e nas suas desconfianças.

    Eu, que sou freqüentador (favor retirar o trema, que eu não consigo) histórico da Ilha, também já percebi há alguns anos o engodo da taxa de visitação, do policiamento faz-de-conta, da tolerância com as drogas e “otras cositas mas”.

    Na atualidade só a visito (a ilha, não a leitora) no inverno.

  3. Kátia

    Isso sem contar (sem contar mesmo) que o pessoal que vai até a ilha fazendo a travessia por Paranaguá não é contado! Exatamente, lá não tem esse controle… Então na verdade na Ilha haviam aproximadamente 8 mil pessoas e não as 5 mil contadas…. Também tem o fato da travessia feita ilegalmente de madrugada, os barcos atravessam com as luzes apagadas, lotados, e todo mundo sabe disso. Tanto dinheiro arrecadado e tão pouco feito pela Ilha.

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