Surpresas no novo secretariado de Beto Richa? Marcos Isfer sempre esteve cotado para algum cargo, ele que é da cota do PPS e tem muita experiência. Assume a Urbs num momento de transição, mas que vai continuar sendo nevrálgica tanto por conta do problema do trânsito quando por ser uma cobiçada máquina registradora; o ex-ministro Alceni Guerra surgiu no horizonte, pelo menos visível, na semana passada, quando o prefeito esteve em Brasília, e emplacou na cota do DEM a secretaria de Planejamento, ele que é discreto e certamente deu este passo para garantir seu lugar num hipotético governo do Estado, onde já foi secretário da Casa Civil do governo Lerner; a grande tacada mesmo ficou para o secretário de Comunicação, o jornalista Deonilson Roldo, que não só manteve o cargo como acumulou a chefia de gabinete, ou seja, agora será presença constante no andar de cima para filtrar a avalanche que vai se acumular no futuro candidato ao governo, quer isso seja desmentido ou não. Por conta disso e do rótulo de supersecretário ou “primeiro ministro” que lhe colocaram assim que começou a circular a notícia de sua possível ascensão, tentaram minar a nomeação. Esqueceram que o jornalista, que já foi secretário de Comunicação no governo Lerner, ganhou há muito tempo a confiança do prefeito, que só não o consulta para saber a relação de marchas dos carros de corrida. O cacife de Deonilson Roldo subiu com o trabalho feito para trazer o marqueteiro Nelson Biondi seis meses antes de a campanha para a reeleição começar. Biondi, profissional de primeira, entendeu todo o riscado e, na verdade, começou a traçar as bases para a campanha de 2010. Os dois vão jogar juntos de novo. Roldo tem agora o desafio de encarar os touros, as aves de rapina, a tigrada, tudo ao mesmo tempo. E manter o nome de Beto incólume a qualquer denúncia e cintilante como os dentes branqueados a laser. O fato é que uma de suas filosofias de sua decantada disposição para o trabalho, ajuda: quem fica de boca fechada não toma na fuça.