15:29O ano de Euclides da Cunha

Presidente da Frente Parlamentar Mista da Leitura, o deputado federal Marcelo Almeida  apresentou projeto de lei instituindo o ano de 2009 como “Ano Nacional Euclides da Cunha”, em celebração ao centenário de morte do autor de “Os Sertões”. Na mosca!Listado entre os mais importantes escritores da literatura brasileira, Euclides da Cunha morreu em 15 de agosto de 1909, aos 43 anos de idade, assassinado pelo militar Dilermando de Assis, amante de sua mulher Ana. Nascido em 1866, na então província do Rio de Janeiro, cursou a Escola Politécnica e tornou-se engenheiro militar. Mas sua vocação sempre foi a escrita. Em 1897, viajou para Canudos, no sertão da Bahia, como correspondente do jornal “O Estado de S. Paulo”. Foi designado como correspondente do jornal para cobrir a Guerra de Canudos, quando o Exército Brasileiro enfrentou e derrotou a resistência popular liderada por Antônio Conselheiro. As reportagens que escreveu para o jornal paulista transformaram-se no livro “Os Sertões”, ícone da literatura brasileira.

Engenheiro, jornalista, escritor e professor, Euclides da Cunha pertenceu ao Instituto Histórico e Geográfico e à Academia Brasileira de Letras, para a qual foi eleito em 1903. Além do clássico “Os Sertões”, publicou também “Contrastes e Confrontos”, “Peru versus Bolívia” e “À Margem da História”, editado após sua morte. Oito anos após matar Euclides, Dilermando de Assis também assassinou o jovem Quidinho – Euclides da Cunha Filho –, que tentava vingar a morte do pai.

“Cem anos depois do seu trágico desaparecimento, Euclides da Cunha continua vivo na admiração e no respeito dos seus milhões de leitores, pela admirável obra que o faz digno do nosso reconhecimento e da nossa homenagem”, destacou o deputado Marcelo Almeida ao justificar a apresentação do projeto de lei que institui o “Ano Nacional Euclides da Cunha”.

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3 ideias sobre “O ano de Euclides da Cunha

  1. PESSEDEBISTA - DIRETÓRIO

    Esse Euclides, não é o Scalco, verdade?. O que aconteceu com ele no esquema do Béto Richa? Parece que foi detonado pelo Rossoni e pelo Deonilson Roldo. Alguém sabe alguma coisa?

  2. jango

    Os anteriores anos de Guimarães Rosa e Machado de Assis só não foram menos celebrados porque algumas pessoas tentaram o impraticável neste país – motivar a sociedade para dar valor aos nossos autores e escritores. É pouco o que se faz, porque não há base educacional que crie a percepção da importância da literatura. Estudar, reler, pesquisar Euclides da Cunha é compreender nosso país além de formar os intelectos na linguagem e na arte literária. Ponto ao deputado Marcelo Almeida, leitor aplicado e incentivador da leitura, que propõe esta homenagem de relevante interesse público.

  3. Anabelle Loivos

    Caros amigos, convido-os a conhecerem o projeto “100 Anos Sem Euclides”, uma parceria da UFRJ e da UERJ, além da Casa de Euclides da Cunha (Cantagalo-RJ, terra natal do escritor). Acessem o vídeo institucional do projeto no Youtube (www.youtube.com/watch?v=Hsbv01fUoOQ) e o boletim informativo (http://www.iltc.br/index.php?page=dual_2&menu=boletim&conteudo=boletim_euclides). Gostaríamos muito de ouvir as suas sugestões e de poder contar com a sua participação nos muitos eventos já programados, para marcar o centenário de ausência do genial escritor cantagalense, Euclides da Cunha.
    Professora Anabelle Loivos – UFRJ.

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