17:59Silêncio e horror

O Jornal de Londrina informa que ontem, durante a formatura dos estudantes de medicina da Universidade Estadual de Londrina (UEL), quando parte dos formandos foi proibida de participar da cerimônia por conta da baderna que fizeram no Hospital Universitário no fim do curso, houve silêncio generalizado por parte dos companheiros que receberam o canudo. “Decidimos que não há motivo para discurso ou comemoração”, foi o máximo que disse a oradora da turma. Ou seja, calaram porque consentiram a atitude absurda dos estudantes que soltaram até rojões dentro dos hospital lotado de pacientes – e ainda se mostraram revoltados com a punição. Em tempo: são médicos formados que vão lidar com a vida de pessoas em breve. É o horror!
 

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16 ideias sobre “Silêncio e horror

  1. Alice

    Vc ainda se espanta com a qalidades desses profissionais? Ah quanto tempo vc não vai ao médico. Uma das últimas vezes que fui o médico me aconselhou a assistir o Globo repórter, pois suas decisões do que minha filha podia ou não comer tinha sido a pauta. Agora me diz, por que esses caras fazem uma faculdade se o globo reporter manda? É assim meu caro, só não entendo pq se respeita tanto os médicos, quando raramente se encontra um que preste.

  2. Edmond Dantes

    Ainda não entendi porque a Polícia Civil ao menos não procedeu ao Termo Circunstanciado para apurar o fato, haja vista que é evidente a prática do crime previsto no Art. 132 do Código Penal, sem prejuízo de outras condutas que possam ter sido praticadas.

    “Art. 132. Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente:
    Pena – detenção, de três meses a um ano, se o fato não constituir crime mais grave.”

  3. Bellegard

    Talvez seja fruto de um irreprimível desejo de continuar acreditando na espécie humana, mas assim mesmo ouso dizer: o silêncio não poderia ser fruto da vergonha?

  4. marcia ribeiro

    Zé Beto, não sei se todos se lembram, mas há algum tempo atrás, alunos de medicina da UEL – não sei se os mesmos – lançaram no orkut mensagens preconceituosas horríveis em relação a pacientes e funcionários de hospitais. Não consigo me lembrar do tipo de punição aplicado à época, mas é evidente, por esses novos tristes fatos, que não foi a punição adequada. Ética é algo que tem que ser aprendido durante o curso todo – em seus 6 anos – mas infelizmente disciplinas como filosofia, antropologia, sociologia e ética são trabalhadas por pouco tempo, e normalmente consideradas disciplinas menores em todos os cursos da área de saúde…Tenho certeza de que vários professores dessas discilinas podem afirmar isso a partir de sua experiência profissional, em que se sentem um tanto quanto pressionados a facilitar a vida de alunos nessas ddisciplinas, evitando um índice de reprovação grande na área de humanização, para garantir um número mínimo de formandos. Como ocorre na Educação no Brasil preza-se a quantidade e não a qualidade. Acho curioso que, quando os pacientes dão entrada em qualquer hospital público deparam-se com uma plaquinha que versa sobre a lei que criminaliza a falta de respeito ao funcionário público, numa tentativa de coibir as manifestações de desagrado e revolta por parte da população em relação à péssima qualidade da Saúde Pública no país. Mas onde está escrito que a falta de respeito para com os pacientes é crime? Vereadores se manifetaram afirmando achar abusiva a punição aos estudantes, mas pergunto: e se fosse um parente do vereador que estivesse precisando de atendimento no hospital e vivenciasse essa manifestação aburda de irresponsabilidade e vandalismo, como eles reagiriam? Será que ao invés de um parente na condição de paciente , esses vereadores não tinham alunos de medicina baderneiros na condição de parentes?
    O ensino Superior no Brasil está caótico. As Universidades Públicas estão sucateadas, as Particulares têm se mostrado mercadológicas e em busca de quantidade, e não de qualidade…a saúde pública no país já é crítica, imaginem quando esses novos alunos pouco qualificados caírem no mercado de trabalho…Não é à toa que a Associação Médica do Brasil tem se manifestado solicitando ao MEC que não autorize mais a abertura de novos cursos de medicina…
    Senhor tende piedade de nós…

  5. marcia ribeiro

    corrigindo uma informação, o problema de preconceito no orkut envolveu médicos e ex-residentes do Hospital Universitário da UEL, e não alunos de medicina como eu afirmei acima…

  6. jango

    Amigos e amigas – este é mais uma das pontas do iceberg da falácia social em que se transformou o país. As reações ao estado de anomia na sociedade são insuficientes, diria pífias. Investimos na ignorância, estamos colhendo a imoralidade, a criminalidade, a impunidade. Mandamos bilhões ao FMI, mantemos os juros estratosféricos, aplicamos tributação escorchante, e a educação do povo – base de qualquer desenvolvimento social, em qualquer registro histórico – se reduz à bolsa-família lulista. É lamentável, inclusive, ver o Reitor da Universidade querendo enquadrar os faltosos e o “resto da turma” fazendo protesto – e os pais, pelo jeito da coisa, apoiando o procedimento vergonhoso dos filhos. Não vimos tudo ainda …

  7. De Olho

    Se fosse possível prever o futuro, ontem a turma toda deveria ter sido proibida da formatura, pois com o seu protesto silencioso, apoiou o ato desumano, baderneiro, finalmente, criminoso, como o que ocorreu no hospital. Poder-se-ia deduzir, pois, que o resto do grupo só não participou do ato selvagem por não estar no local naquele momento.

  8. Pé Vermelho

    A gente vive fugindo de ladrão, de polícia, de político, de vendedor da Barsa…agora, fugir de médico também, é phoda.

  9. Margareth Cabral

    Quem não tem o que comemorar somos nós,que estaremos a mercê de profissionais imaturos,baderneiros e emocionalmente despreparados.
    E eles ainda terão o direito de clinicar……
    Tô meio sem ter o que fazer hoje,acho que vou ao hospital soltar um rojão….será que minha conduta também será perdoada?

  10. Carlos

    Seria uma cena interessante: os familiares dos doentes que estavam no hospital por ocasião da “farra” invadissem a formatura bêbados e com bombas, apitos e tumultuassem a tradicional festa …

  11. Frik

    assim caminha este pais – os pacientes do SUS somos nos, se eles nao ostentam algum convenio ou dinheiro bastante para nao estar internados no hospital universitario, nao e razao para se tornarem vitimas de bestiais traquinagens estudantis – assim e este pais em que o diploma universitario tambem e cobicado como salvo-conduto para se transitar e se agir como casta acima das leis

  12. mauricio

    Pelo que percebo a arrogância de grande parte dos médicos começa na 1ª semana de aula, do 1º ano do curso.

  13. Lucy

    Uma coisa que começou a ser exposta após ese incidente foi a falta de estrutura da referida instituição para oferecer um curso de Medicina, como se isso fosse uma justificativa para tamanho desrespeito com a população…

    Também me formei na área da saúde. Estudei em universidade pública. A estrutura para o curso que escolhi não era bem a que considerávamos a ideal.

    Porém, em momento algum eu e meus colegas entramos em hospitais e unidades de saúde embriagados e dispostos a xingar, ameaçar e humilhar pacientes. Ou seja, a sociedade está lidando com marginais que vestem jaleco branco e que terão carimbo e CRM.

    Os nomes desses bandidos e bandidas deveriam ser divulgados!!!!!

  14. SYLVIO SEBASTIANI

    A UEL É UMA UNIVERSIDADE GRATUITA, NÓS OS CONTRIBUINTES, NÓS, O POVO QUE PAGAMOS. QUE VERGONHA PARA A CLASSE MÉDICA, QUE VERGONHA PARA AS UNIVERSIDADES, QUE VERGONHA PARA O PARANÁ. FOI UM TABEFE NA POPULAÇÃO LONDRINENSE. PELO VISTO NA TELEVISÃO NÃO FORAM SOMENTE 14 OS DESORDEIROS, E MESMO ASSIM SEUS NOMES DEVERIAM SER DIVULGADOS, PARA SEUS PARENTES, SEUS AMIGOS E SEUS FUTUROS CLIENTES TOMAREM CONHECIMENTO, À QUEM ESTÃO ENTREGANDO SUAS VIDAS!

  15. Robson

    Carlos, melhor fariam os presentes à solenidade se distribuíssem aos formandos cópia do Juramento de Hipócrates.

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