A respeito da polêmica sobre a Supersopa, recebemos a seguinte mensagem de Fani Lerner, ex-secretária da Criança e do Adolescente que criou e implementou o projeto:
A Supersopa foi um dos projetos de maior sucesso e que me deram maior satisfação pelo seu alcance social durante o período em que estive à frente da Secretaria da Criança e do Adolescente. Tentar colocá-lo em meio a uma discussão política não leva a lugar nenhum. Acabar com ele prejudicou apenas quem necessitava. Quando disse que hoje, diante do sofrimento dos catarinenses a Supersopa poderia ajudar, não quis entrar em atrito, nem polemizar – foi apenas a constatação de alguém que participou do projeto e conheceu o seu alcance e importância. Por isso me dispus aqui a relatar um pouco do que aconteceu naquela época, para mostrar a viabilidade e a importância da Supersopa.
O processo era simples e começou em 1996, com processamento de hortaliças e leguminosas excedentes da comercialização. Cada lata do produto final rendia 41 pratos pratos de sopas destinados à crianças carentes de zero a seis anos. A pequena estrutura industrial esterelizava e enlatava os produtos. No caso das sopas, elas equivaliam a 30% das colorias necessárias por dia para uma criança de até seis anos de idade.
A grande vantagem do programa é que o produto podia ser consumido em um ano, aumentando assim a possibilidade de atendimento. A média mensal de produção da fábrica era de 10.000 latas de supersopa sabor carne e frango, totalizando uma média de 45.000 porções mês. A fábrica sempre contava com estoque de 5.000 latas, o que propiciava o atendimento das catástrofes e calamidades pública, como a que agora atinge nossos irmãos catarinenses.
A equipe que tocava o projeto era pequena: uma engenheira de alimentos e seis ajudantes. Não representava nenhum ônus para o Estado, tendo em vista o alcance social e a abrangência do Programa. Para se ter uma idéia de seu alcance, a supersopa também foi utilizada na entressafra para alimentar os bóias frias de centenas de municípios paranaenses.
O programa também fazia vários treinamentos para os municípios e entidades assistências com o objetivo de capacitá-los sobre a preparação, armazenamento e repassar outras receitas viáveis de serem implementadas com a supersopa, como tortas salgadas, pães e outras iguarias, tendo em vista o seu rico poder nutricional.
Vários estados implementaram unidades de fábricas similares a do Paraná, assim como a Argentina e outros países do Mercosul adotaram a idéia. Já estavam em fase de desenvolvimento outros produtos como feijão com legumes e carne com legumes. A “fábrica” estava em plena capacidade de funcionamento quando deixamos o governo. Os equipamentos não eram sucateados e a abrangência era de 100% dos municípios do Paraná, onde a aceitabilidade era muito grande. Tanto assim que tínhamos como principal parceiro a Pastoral da Criança.
Essa supersopa já está requentada!
Grande Fani. Dá uma saudade de ter pessoas como ela em posições-chave no governo, que trabalha pelo bem do próximo, independentemente de corrente ou partido político.
A Supersopa da Fani Lerner, somada à multimistura da dra. Zilda Arns, tirou milhares de pessoas da situação de inanição.
E temos que lembrar de ações como estas, sim. Cobrar de quem está com o poder nas mãos que parem de fazer politicagem e ajam para o que foram eleitos: ajudar a população.
Bem dito, dona Fani: Tô iniciando a campanha: Queremos Supersopa! Eu a comi (a supersopa) na casa dum pirangueiro (pescador) e junto com toda a família dêle, uns seis, e gostei. Todos gostamos.
Ai Pé Vermelho, se quiser fazer a sopa é só ir no lixão do ceasa, pegar os restos e cozinhar, vai ser fácinho pra vc se alimentar e pode até chamar o pirangueiro pra comer com vc de novo!
Acho que Pé Vermelho está querendo uma franchising da tal sopa.
Está degustando há anos. he, he, he
saudades de um tempo de respeito, honestidade e criatividade.
saudades de um governo que foi o exemplo para o país e o mundo.
saudades da superopa, do da rua para a escola…
A supersopa resolve uma parte da crise alimentar da população, com ideia criativa, de simples implementação e a baixo custo público, sem necessidade de convocar celebridades de si próprias, nacionais e estrangeiras, para discutir “abobrinhas” em conclave milionário à custa do povo que não tem mais a sopa. Não é sopa o que se joga de dinheiro público fora, mas ninguém reage …
Ô João Kleber: Eu estava fazendo reportagem sobre a piracema no Rio Paraná. Acampado numa ilha, no terreiro da casa dum amigo pirangueiro. Família decente chegou ali, parou. E tomara Deus que vc nunca conheça a fome também. Eu a conheci, não é nada simpática. E queria que vc soubesse o valor que o povão do corte da cana dava prá supersopa da dona Fani…10 painosso procê, viu…
É isso aí, pé vermelho!
tô contigo e não abro…
mas, também não fecho
hehehehehe
A inveja é mesmo aquilo que sempre se fala.A supersopa e outros tantos programas que foram desenvolvidos em Curitiba e no Paraná, causam aos obtusos e abestalhados inveja e dor no intelecto, pois , nunca tiveram idéias para fazer coisas que aí estão e sim só para criticar pela ausência de criatrividade e diria mais , de inteligência
Quem gosta de enlatado é viúvo que não aprendeu a cozinhar.
Não resta dúvida que o governo do Prefeito Jaime Lerner foi marcado por ações inusitadas, que só dignificaram Curitiba, fazendo com que todos (menos os invejosos) nos orgulhássemos de morar nesta cidade. Foi quando Fani Lerner, de saudosa memória, inventou essa coisa nova de olhar para os desvalidos. Uma sopa de baixo custo que tirava a fome daqueles que não tinham de onde conseguir alimento para seguir vivendo. Somente quem nunca sentiu fome de verdade e que tenha uma pedra no lugar do coração consegue fazer piada com a miséria humana. Fani, você faz muita falta nesses tempos de ódios e deboches.
Volta já a super sopa, com toda certeza fará a diferença para quem precisa, e com certeza enobrecerá o Estado!