9:16O mártir

O desembargador federal Carlos Lippman Jr. serviu o limão para o governador Roberto Requião fazer a limonada que precisava neste início de verão. Ele entra o ano como vítima de censura prévia. Ô, dó! Conclamou o que chama de canalhada e ela fez fila para se solidarizar contra o ato truculento que, trombeteiam, relembra os tempos da ditadura militar. E tome manifestação da Associação Brasileira de Imprensa, da Federação Nacional dos Jornalistas, do Sindicato dos Jornalistas do Estado do Paraná, da Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Paraná, da Associação dos Jornais Diários do Interior. Mais um pouco e Requião, que tem diploma de jornalista, será canonizado como o primeiro mártir da era pós-censura. E logo ele, estadista equilibrado, homem aberto ao diálogo, pacifista militante que fez da TV Paraná Educativa uma fonte a iluminar de cultura e sabedoria a multidão de telespectadores que a sintoniza diariamente em busca da verdade.

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Uma ideia sobre “O mártir

  1. jango

    O posicionamento das referidas entidades, após a corretíssima decisão do Desembargador Lippmann – que não proibiu a manifestação governamental na Escolinha mas o desvio de finalidade de um serviço público custeado pelo dinheiro do povo, lição elementar de direito administrativo – deveria nos fazer pensar se o governador não tem razão em assacar contra a canalhice da imprensa (com as exceções de praxe). E também lamentar que foi-se o tempo em que tinhamos à frente da Associação Brasileira de Imprensa um Barbosa Lima Sobrinho.

  2. Arrelia

    Só que a limonada é bem azeda. O desembargador deu o limão, mas tirou o açucar. Quem quizer beber que beba !

  3. Renata

    Prá quem bebe fel, um azedinho a mais é ate vitamina.
    Como disse o Jango, é só uma questão de interpretação.
    O que não dá é esse cara disvirtuar uma rede pública para deboche e humilhação a todos.
    Repito: Vamos ao direito a resposta, caramba!

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