11:55São Pedro e o mecânico do chacoalhada

Com a promessa de que receberia uma caixa com três camisinhas, pela Viação Graciosa, o correspondente encerrou a greve e enviou duas notas, que estavam prontas desde ontem:

– O litoral enfrenta um dia com cara enfesada depois do tsunami que veio do céu na noite de sexta-feira. São Pedro virou o caneco com vontade e quem pagou o pato foi quem não deixou o carro em lugar mais alto. Em um terreno de Caiobá, próximo ao canal, onde também funciona um kartodrómo improvisado para a piazada, a fila de guincho só perdeu para a da padaria. E quem paga o preju? Tá certo que a chuvarada foi fora da medida e superou o planejamento sistêmico e o tempo de recorrência como dizem os engenheiros, mas bem que a prefeitura de Matinhos podia ter levado em conta o projeto de escoamento para liberar o alvará.

Turista e enchente. Quando os dois chegam juntos os especuladores batem palmas. As oficinas do litoral ficaram lotadas na manhã de ontem. O caso mais bizarro foi de um veranista que teve a embreagem grudada depois de passar numa enorme poça d’água. Na primeira oficina pediram hum mil e quinhentos reais para abrir a caixa e trocar as peças. Em outro a pedida foi de 300 mangos para fazer uma lixação no disco. Ele ligou para um mecânico na capital que recomendou: engate uma terceira com o motor desligado e peça para dois garotos chocoalharem o carro para frente e para trás. O conserto custou duas cervejas.

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Uma ideia sobre “São Pedro e o mecânico do chacoalhada

  1. Pé Vermelho

    Eu também já paguei duas cervejas por um conserto antes orçado em 120 pilas numa concessionária. Aliás, levar carro prá conserto em especializada é pedir prá ser roubado. O seu mecânico na esquina faz por menos, com ‘menas’ burocracia e com a mesma eficiência.

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