2:34Salvem um tesouro!

Parem as máquinas! Está acontecendo uma barbaridade no jornal “O Estado do Paraná”. Há um ano foi dada a ordem para que o imenso e precioso arquivo de fotografias e recortes, montado a partir de 1962, mas com tesouros que remontam a 1951, data de fundação da publicação, fosse literalmente aniquilado. Muita coisa já foi triturada. Tem gente graúda de dentro da redação que tenta salvar pelo menos os negativos que contam parte da história do Paraná, mas quem comanda a insanidade acha que em tempos de internet é um contrasenso, por exemplo, manter uma foto original do governador Bento Munhoz da Rocha ou então de Rafael Greca ainda vereador e com muitos quilos a menos. A idéia de se doar o material para algum museu de preservação histórica não foi aventada. Tempos atrás aconteceu coisa parecida na mesma empresa. Fitas e mais fitas dos antigos video-tapes da TV Iguaçu foram descarregadas na lixeira da empresa. Entre os documentos estavam o registros de várias partidas de futebol. Ao saber disso, uma jornalista agiu rápido e resgatou o tesouro acionando um dos museus da cidade. Menos sorte tiveram outros tapes, como contou ao signatário um dos irmãos de Mario Vendramel, que ali trabalhou durante muitos anos como apresentador de um conhecido programa de auditório. Ao tentar resgatar algumas imagens depois da morte do artista, ele descobriu que não só não havia mais nenhum registro, como muitas fitas foram cortadas e transformadas em cortinas para algumas salas da empresa.

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Uma ideia sobre “Salvem um tesouro!

  1. nelson padrella

    Eu acho que a gente devia sim jogar os originais no lixo e ficar só com o registro no becape. Por exemplo, o Museu do Louvre. Pra que ocupar todo aqele espaço com telas e mais telas? Pôe tudo no computador e toca fogo nos originais.

  2. Bitte

    Zé Beto:

    O mesmo fim teve o arquivo de filmes dos antigos Diário do Paraná e Canal 6, inclusive o material das agências internacionais – naquele tempo distribuiam filmes sobre a guerra do Vietnã e outros acontecimentos mundiais.
    O arquivo do Diário do Paraná andou pelo Curitiba Hoje e depois estava empilhado em algum lugar da cidade, mas já deve ter ido para os quiabos.
    Há, inclusive, o acervo de eventos dos Diários Associados, como uns 30 anos da vida política – negativos e fotos reveladas, a vida da cidade, as transformações de Curitiba e os concursos de Miss Paraná.
    Uma pena. A se louvar iniciativas como a do jornalista e empresário Luiz Renato Ribas, que junto com um grupo de abnegados e voluntários, está transformando em digital todo o arquivo da Memória Paranaense – elaborado e desenvolvido pelo antigo Bamerindus – em VHS e em filme, antes que se perca na poeira do tempo e nas prateleiras e caixas a que os locais de acervo são obrigados a guardar.
    E isso acontece por falta de estrutura e apoio ao setor cultural, onde outros abnegados funcionários fazem das tripas coração para salvar nossa memória visual.

  3. Rodrigo

    Depois tem gente que se pergunta o porquê de termos uma imprensa tacanha no Paraná. Com “cabeças” desta grandeza no comando dos jornais, capazes de atear fogo a uma relíquia deste valor, só pederíamos mesmo ter jornais horrorosos, de baixíssima leitura.

  4. leopoldo

    Esta mentalidade ridícula é exposta todos os dias, quando temos o desprazer de ler a PORCARIA que é o suposto jornal O Estado do Paraná.

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