CRÔNICAS DE ALHURES DO SUL
Por MANOEL CARLOS KARAM
Lidas na BandNews FM 96,3, Curitiba, às segundas-feiras, entre seis da tarde e sete da noite, e na terça-feira de manhã – ou a qualquer momento em edição extraordinária.
(17 de dezembro de 2007)
Faço a crônica com a crônica alheia.
Um parágrafo de “Como tornar-se invisível em Curitiba”, de Jamil Snege.
“Cada conquista, cada livro publicado, cada poema, escultura ou canção, cada tela, espetáculo, disco, filme ou fotografia, cada intervenção bem-sucedida no esporte, no direito ou na medicina, cada vez que alguém, lá fora, reconhecer com isenção de ânimo que você está produzindo obra ou feito significativo – o seu grau de invisibilidade aumenta em Curitiba.”
“Curitiba está cheia de pessoas invisíveis”, encerra a crônica de Jamil Snege, este imenso invisível.
Nada mais típico de Curitiba do que reclamar dos curitibanos…
Mas é pura verdade!
É isso mesmo. Isso aqui é uma areia movediça cultural, quanto mais você se movimenta mais se atola.
Stella, eu moro aqui desde 1958. Juro que no começo
Stella, eu moro aqui desde 1958. Juro que no começo achava que eu é que estava errado. Mas é a cidade mesmo. Deve ser praga. Aqui nada viceja. O plantinha nasce, cheia de esperança, acredita que vai um dia frutificar e, quando menos espera, pimba! vem um pé de moleque e esmaga a plantinha.