Peter Wiziniewski, nosso ombudsman de plantão, interrompeu o planejamento da decoração natalina de sua mansão Jardim Los Angeles para comentar o que viu nas páginas de hoje:
 
Jornalismo também é agilidade. A Gazeta do Povo de hoje cumpriu esse papel com seus leitores ao dar em manchete e outras duas páginas a derrota do Governo Lula na questão da CPMF, em sessão do Senado que terminou à 1h30m desta quinta. Fez como os grandes jornais de São Paulo e Rio de Janeiro que rodaram suas edições com “segundo clichê”, obrigatórios num tema como este. Essa questão não terminou com a votação numa sessão histórica do Senado, pelos debates, pelos pronunciamentos candentes e pela expectativa do resultado.  Agora, os jornais vão  aos desdobramentos.
Certamente haverá um “destrinchar” dos gastos do governo (como as ONGs, por exemplo), o excesso de Ministérios que ninguém sabe para que existem, mas estão entulhados de companheiros e gastos, o inchaço inconseqüente da máquina pública, além, é óbvio, da ameaça de aumento de impostos para compensar a fonte perdida. Na paróquia, quem cantará vitória será o senador Alvaro Dias (PSDB), contrário à “contribuição provisória”,e o maior desgaste ficará por conta do irmão Osmar Dias (PDT), que acreditou em promessas de Lula e votou a favor. Se não forem cumpridas, seus projetos de
2010 começam a afudar. E seus adversários iniciarão esse processo de desgaste. Não chega a ser uma UTI, mas serão necessárias algumas injeções de ânimo e explicações. O que é ruim para os planos do senador.