Deu há pouco no blog do jornalista Ricardo Noblat:
Está feia a coisa para as bandas do governo. Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado, comentou há pouco que a CPMF não será votada amanhã nem que a vaca tussa. Por que? Simplesmente porque o governo não tem 49 votos para aprová-la. Depois de amanhã?
– Quem sabe? – responde Jucá.
Jucá sabe, está careca de saber, que a CPMF só será aprovada este ano se a oposição decidir colaborar. São 53 os senadores que dizem apoiar o governo. Mas ele só conta com 47 votos a favor da CPMF. Se apertarmos o governo um pouquinho descobriremos que nem 47 votos ele tem por enquanto. Os governadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG) bem que se esforçam para arranjar votos para a CPMF dentro do PSDB – mas não está fácil, embora nunca deva se subestimar a vocação do partido para se comportar como linha auxiliar do governo. Never! Jucá e seus companheiros estão se valendo de qualquer desculpa para transferir a votação da CPMF para a quarta-feira – e, se for o caso, para a quinta. Roseana Sarney quebrou o pulso e não poderá votar amanhã – anuncia o pai dela e repete Jucá até ficar rouco. O senador Flávio Arns (PT-PR) está com câncer e não poderá votar – espalham Jucá e Valdir Rauppp (RO), líder do PMDB no Senado. Arns, de fato, está com a saúde abalada. Mas seu chefe de gabinete confirmou há pouco que ele chegará amanhã em Brasília para votar, sim.
– Se o governo votar amanhã, perde – vaticina o senador Marco Maciel (DEM-PE).
Se votar na quarta ou na quinta, Maciel não se arrisca a prever. Sabe como são frágeis as convicções dos seus colegas. E como eles são volúveis. Em resumo: amanhã tem espetáculo? Tem, sim senhor. Mas o espetáculo da fuga da tropa do governo do plenário do Senado para evitar que a CPMF seja votada. Se fosse secreta a votação da CPMF, a fatura teria sido liquidada há muito tempo.
Me perdoem a maldade -ou não- mas os petelhos e simpatizantes vão arranjar até unha encravada e espinhela caída na tentativa de se darem bem.
Mas eu queria tanto que eles se ferrassem nessa! Imagine o anticlímax do Cachaça!