11:21Pichação na arte

Do nosso escutador-geral:

Nesta manhã, a reportagem da rádio CBN informou que o viaduto no Alto da 15 (ao lado da caixa d’água, na Av. N. Sra. da Luz), onde artistas faziam um belo painel, foi inteiramente danificado por pichadores. A Prefeitura e artistas estão envolvidos num projeto de embelezamento dos viadutos da cidade. Alguns defendem um trabalho de conscientização, mas a maioria da população gostaria de ver esse pessoal na cadeia por danos a bem público ou privado e os mais extremados
tem uma idéia original: olho por olho, dente por dente.

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Uma ideia sobre “Pichação na arte

  1. Anderson

    Primeiro entrega a rapaziada que vai ao parque nos domingos, agora só falta pregar a pena de morte para pichadores. e daí que artistas estão “embelezando” os viadutos? Seu blog está pra lá de careta

  2. Tarquinio

    Antigamente os pichadores respeitavam o trabalho dos artistas. não mais. prova de que a degringolada é geral num país que já se conformou com o declínio.

  3. zebeto

    Caretíssimo, Anderson. Movido a água mineral. Agora, pergunta quantos internamentos o beque aqui tem por uso de drogas? Vai fumar um e continue lendo, quem sabe você ache que isso aqui é a maior loucura. Abraço. Saúde.

  4. Xixero

    Pegou pichador, pinta eles com tinta-óleo,
    deixando-os secar debaixo de sol na Santos
    Andrade. Diretos humanos: pichou, levou.

  5. Charles Wonderful

    Por falar em falta de educação, segue aí um materinha que resumir da Folha de Sampa:

    “Entrevista da segunda”, da Folha de S.Paulo, com o educador Tião Rocha, vencedor do prêmio Empreendedor Social 2007 e que desenvolve desde 1984 formas diferentes para a criança aprender brincando.

    A seguir, alguns trechos da entrevista, para serem lidos principalmente pelos imbecis que autorizaram a PM revistar crianças em escolas de Curitiba (este foi o maior crime cometido pela polícia nos últimos 150 anos).
    “O professor ensina, o educador aprende.”
    “A escola formal serve para escolarizar. Dá um determinado tipo de informação e de conhecimento que atende a um determinado tipo de demanda, um determinado tipo de modelo mental de uma sociedade que aceita, convive e não questiona”.
    “A nossa escola atual escolariza. Uma coisa é falar em educação, outra é falar em escolarização. A maioria das pessoas que estão cometendo grandes crimes é escolarizada. Então, que escola é essa? Para que ela serve? Não é para educar. E essa escola continua sendo branca, cristã, elitista, excludente, seletiva, conformada. Ela seleciona conteúdos, seleciona pessoas, mas não educa”.
    “Eu nunca tive aula sobre os reis do Congo, mas tinha aula sobre todos os Bourbons, reis europeus”.
    “Essa escola não permite inovação. Ela é reprodutora da mesmice. A escola formal não está só na forma. Ela está dentro da fôrma. O pior é quando ela está dentro do formol. É um cadáver. O conteúdo da escola está pronto. Os meninos que vão entrar na escola no ano que vem, independentemente de quem sejam, de suas histórias, aprenderão as mesmas coisas. Recentemente, uma menina de nove anos, lá em Curvelo, virou para mim e disse: “Tião, vou ter prova e esqueci o que é hectômetro”. Eu disse a ela que ninguém precisa saber o que é isso, que não se preocupasse, isso não cairia na prova. Mas caiu. Agora, criança de nove anos tem que saber isso? Do ponto de vista da escolarização, vai tudo bem. Se está educando ou não, ninguém discute”.
    “A educação deveria ser um projeto de vida, não de formação para o mercado. A lógica da vida não é ter um emprego. Ter analfabetos não pode ser um problema econômico, é um problema ético. A experiência que a gente vem desenvolvendo é saber se é possível fazer educação de qualidade. Claro que é”.
    “Na educação, qual é a melhor pedagogia? É aquela que leva as pessoas a aprender. Na escolarização, a melhor pedagogia é aquela que dá mais sentido para quem a aplica. O CPCD (escola criada pelo Tião) foi secretário da Educação de Araçuaí (MG). Os meninos demoravam duas horas no ônibus. Então colocamos educadores no ônibus. Toda secretaria de Educação pode fazer. É só sair da caixa. Uma outra questão é o acesso aos livros. Eu me perguntei se os livros perderam o encantamento ou se foi a escola que não soube mantê-los encantados. Juntei um monte de livros em baixo da árvore e mandava a meninada ler. Em volta, deixava montinhos de sucata e escrevia uma placa: música, teatro, artes plásticas, literatura. Tudo que o menino lesse, tinha que ir numa direção e fazer música, teatrinho etc. É um jogo. Ler e transformar, do seu jeito.
    Eles ficavam lá a tarde inteira. Vinha gente de longe. Por que esses meninos nunca tinham entrado numa biblioteca da escola? Porque eles não tinham prazer. Quando iam ler um livro, tinham que dissecar a obra, responder a perguntas”.
    “Uma nova forma de ensinar nasce da dificuldade ou da pergunta. Somos movidos por uma pergunta, que vira um desafio, que vira uma encrenca. É possível educar debaixo do pé de manga? Vamos ficar pensando ou vamos aprender fazendo? O nosso verbo é o “paulofreirar”, que só se conjuga no presente do indicativo: eu “paulofreiro”, tu “paulofreiras” e por aí vai. Não existe “paulofreiraria”, “paulofreirarei”. Ação e reflexão, agora. As respostas vão sendo testadas e viram novas metodologias, pedagogias. Assim surgiu a pedagogia da roda, um jeito de combater a evasão dos meninos”.
    “A escola que tem agora não é muito diferente da de oito anos ou 20 anos atrás. A gente não consegue estabelecer alianças com os governos porque incomoda pensar fora da caixa. Então a gente vem aprendendo a fazer política pública não-governamental”.
    Tião Rocha é educador, graças a Deus.

  6. Walfrido

    Isso mesmo Xixero, cobre os guris com tinta óleo e faz um vídeo com o celular da Centronic. Depois pega os moleques, leva pra Tamandaré e dá dois tiros na cabeça. Olho por olho, dente por dente.

    E aí Zé Beto. Usar droga não é atestado de loucura pra ninguém. Até o Collor enfiava supositório de cocaína pelo rabo. Você é mesmo um caretão.

  7. lunogueira

    É triste de ver. Mais de 40 metros de um muro ao longo da BR 476, no sentido Curitiba/Porto Alegre, foram lindamente produzidos por 7 artistas grafiteiros de Curitiba. Uma verdadeira obra de arte, parte do projeto Poética do Espaço, realizado pelo colégio, dono do muro. Uma semana depois, os pixadores descobriram alguns espaços de branco no muro para manifestar sua ignorância e incompetência para fazer coisa melhor.

  8. Leandro K.

    Evidentemente não concordo com a pichação. Neste caso específico estragaram uma pintura que estava ficando bem interessante.

    Mas essa história de olho por olho já matou um pichador recentemente, foi assassinado pela Centronic. E, como diria o Gandhi, desse jeito o mundo acabará cego.

  9. zebeto

    Walfrido, quem falou disse que eu sou louco? Eu sou caretão mesmo. Assumido e só não durmo de toca porque me faltam os cabelos da cabeça. Agora, tem uma coisa: a água melhorou muito a minha leitura. Abraço.

  10. Pé Vermelho

    Isso mesmo, Quíquero. Num tem moleza presses fi dumas égua não. Ô Anderson, sabias que a turma que fuma, funga e pica (epa?) é quem sustenta a bandidagem toda. Em não existindo consumidor, os traficantes desaparecerão. Simples e lógico o raciocínio, né? Igual a ladrão de carro véio, toca cedê, placa de cemitério, fio da copel, tampa de bueiro, essas coisas. Existem porque existem receptadores, todos fi dumas égua, dumas que ronca e fuça.

  11. MOSKA

    EU PIXO E EU AXO Q O PIXE E UMA FORMA DE CE ESPREÇAR COMO UM PROTESTO Q MUITAS PESSOAS FAZEM E NAO FALAO Q E VANDALISMO E EU CURTU A DRANALINA MAIS E UM PROTESTO COM O GOVERNO E TUDO Q NAO PRESTA NO NOSSO PAÍS!

  12. Jomamof

    Há de se considerar algumas coisas :
    – Antigamente para ser considerado artista o candidato a tal tinha que tocar um instrumento ou cantar afinado ou conseguir desenhar algo parecido com alguma coisa.
    – Em nossos tempos se disseminou a idéia de que a arte é uma coisa de expressão popular, e está ao alcance de todos.
    – Os funkeiros, os sertanejos e os pichadores e outros desprovidos de talento acham que são artistas. Alguns artistas acham também que estes últimos são artistas, e nós somos obrigados a conviver com esta explosão de falta de criatividade e de bom senso.
    – Os pichadores podem até se achar no direito de espalhar sua tintas por aí, mas o que falta é o Estado fazer seu papel e coibir estes atos. Será tão difícil colocar uns carros de polícia à noite para patrulhar as ruas (De quebra pegaria outros marginais no caminho)?

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