6:15No lucro

No final da tarde de ontem, João Carlos Viale, coordenador de futebol do Coritiba, discutia, na rádio Bandnews, se time deve ou não colocar a estrela da campeão da Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro, na camisa. À noite o time frustrou 43 mil torcedores ao perder de 3 a 2 para o Marília dentro de casa. Pior: alguns baderneiros atacaram a polícia e quase houve uma tragédia com a reação dos PMs. É preciso baixar a bola e ter calma. O Coritiba já fez o principal, que é voltar à Primeira Divisão. O que vier agora, é lucro, não artigo de primeira necessidade.

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Uma ideia sobre “No lucro

  1. Jeremias, o bom

    É tola e inadequada essa discussão sobre estrelinha.

    Primeiro tem-se que ganhar a maratona para depois receber a medalha e não o contrário.

    Quanto à reação da PM, creio que foi desproporcional. Havia muitas senhoras e crianças quase sendo pisoteadas pelos cavalos na saida da Rua Amâncio Moro, com direito a corre-corre e tiros.

  2. mauricio

    Antes do início do jogo comentei com amigos sobre a necessidade da PM “desfilar” com viaturas exibindo armas pelas janelas das viaturas.

    Havia algo de estranho no ar, não somente dentro das 4 linhas, mas também ao redor do Alto de tantas Glórias…

  3. Maringas

    Que polícia é essa?

    Queria falar de futebol, mas o assunto é violência.

    Durante todo o Campeonato Brasileiro da Série B desse ano, a familia Coxa-Branca foi subindo o Alto da Glória semana após semana, cada vez em maior número, até culminar com os 43.649 pessoas presentes ao Couto Pereira na noite de 16 de novembro para assistir a última partida no ano do Coritiba em casa.

    Antes de falar dos acontecimentos dessa noite, é preciso narrar uma “cena de cinema” ocorrida no sábado 3 de novembro.

    O Coritiba iria enfrentar o Vitória na partida que assegurou a volta para a primeira divisão. Tarde de sol com 35.000 pessoas chegando ao estádio. Predominância de crianças, mulheres, familias.
    Por volta das 14h30, uma viatura da Rone ligou a sirene e saiu em alta velocidade pela contra-mão na rua Barão de Guaraúna, em meio a multidão que chegava ao estádio; na esquina da rua Augusto Severo, por imperícia, imprudência e prepotência do motorista, a viatura capotou. Os torcedores que assistiram a cena (eu vi tudo!) e outros que estavam por perto, se aglomeraram em volta da viatura, e não demorou a começar o coro: “Eu, eu, eu, a PM sifudeu!”. Desse momento em diante, a PM ficou nervosa. Passaram a tratar a torcida do Coritiba como inimigos; a cavalaria em cima de pessoas que estavam indo ao estádio assistir uma partida de futebol.

    Nessa sexta-feira 16 de novembro, o Couto Pereira registrou o maior público do ano no Paraná (repito: 43.649 pessoas); quando eu deixei o estádio, faltando 5 minutos para acabar o jogo, me deparei com uma praça de guerra. Uma carga de cavalaria contra meia dúzia de integrantes da torcida organizada Império Alviverde, que não tinham conseguido ingressos e acompanhavam o jogo na sede da torcida que fica no estádio. Bombas explodindo, cavalos para cima das pessoas, que como eu, saíam do estádio.

    Não interessa quem provocou primeiro. A Polícia Militar do Estado do Paraná não podia ter iniciado uma batalha campal na porta do estádio minutos antes da saída de 43.649 pessoas!

    Quando a multidão deixou o estádio, foi recebida por bombas de “efeito moral”, cassetetes, gás de pimenta, balas de borracha, cavalos montando cavalos. Mulheres, crianças, idosos; todos tratados como se fossem membros de um exército inimigo que estava invadindo o país. Eram 43.649 pessoas.

    Não vou descrever as cenas tristes que eu vi da janela da minha casa, mas não posso deixar de afirmar a vergonha que senti de ser brasileiro, paranaense, curitibano e coritibano.

    Qual a explicação que o Secretário de Segurança tem para dar? E o Governador? Estamos em guerra? Contra quem? Nós mesmos?

    Maringas

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