4:30Homem-cavalo e carro elétrico

Mané Galo, aquele, da Ilha do Chapéu, na Baía de Guaratuba, tem subido a serra regularmente. É que ele está encafifado com o comportamento dos moradores da capital da Província. Resolveu colocar no papel tudo o que vê. De vez em quando passa uma cópia, em carbono, para este blog. Seu relato mais recente:

Segunda-feira, meio dia, na Avenida Iguaçu uma mulher transportava lixo reciclável em seu carrinho. Aliás, carrão. Era ernorme, muito alto e com pedaços de papelão pendurados em todos os lados. Ela suava e bufava para deslocar o seu veículo lentamente na subida da avenida. Com muito esforço conseguiu alcançar a esquina seguinte onde fez uma pequena parada à espera de um bom momento para atravessar a Rua Coronel Dulcidio e seguir em frente. A dita mulher fazia um trabalho tão exaustivo que até um animal de carga deveria recusar. Será que custa muito aos cofres municipais organizar esse tipo de serviço, dando a essas pessoas melhores condições, amparo,veículos mais apropriados etc? Lembro de uma campanha eleitoral em Curitiba quando um candidato prometeu mudar isso e afirmou que em sua administração não teria mais “homem-cavalo” carregando lixo. Foi apenas mais uma promessa de campanha. Eleito, o prefeito esqueceu dessas pessoas humildes que sustentam suas familias com o suor do corpo num esforço brutal para conseguir alguns trocados.
A boa noticia é que a ITAIPU, sem nenhum alarde, está desenvolvendo um projeto de carrinho elétrico para transportar o lixo reciclável. O veículo seria destinado a esses milhares de homens e mulheres que percorrem as ruas das cidadas recolhendo o lixo reciclável.

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Uma ideia sobre “Homem-cavalo e carro elétrico

  1. Pé Vermelho

    Se a Itaipú distribuir carrinhos elétricos pros nossos amigos da ‘logística do tráfego de resíduos reutilizáveis’, o Samek será eleito o Rei da Sucata. A rainha continua sendo a Suzana Vieira.

  2. bond

    uma idéia que, se colocada em prática, não será destinada aos carrinheiros de rua de curitiba. nem se a gloss, digo, gleisi ganhar

  3. Ana Karenina

    Já faz tempo que Curitiba esqueceu “o lixo que não é lixo”. A administração municipal não dá bola nem para a reciclagem, quanto mais para os carrinheiros. Matéria recente de algum jornal local registrou a queda na coleta de material reciclável na Capital. Eu mesma sou testemunha. Morei em locais diferentes, sempre na região e bairros centrais, e nesses locais ninguém separa nada – de prédios a casas.

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