10:37Que compensação!

A morte mata. É sua função e ela a exerce. Ao contrário da vida. Não existe a expressão “a vida vive”. A morte me apavora. Não só a morte final. Também, e sempre, a morte diária, o resgate, o tento a tento, do tempo que me deram de vida. A hora que passa. O instante que flui. Ah, já falei tanto sobre isso. “Morro mas morre o mundo comigo.” Que compensação! (Millôr Fernandes, em 1958)

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Uma ideia sobre “Que compensação!

  1. Rogerio Distefano

    No cemitério municipal, aqui em Curitiba, Izel Koheler, mulher maravilhosa que morreu muito cedo, mandou registrar na lápide: “Aqui jaz, muito contra sua vontade, IK”.

  2. Caio

    Neste dia, vale lembrar a frase de uma amigo de meu pai, lá em Miracema, que pediu aos amigos para, quando ele morresse, que escrevessem em seu túmulo: “muita a contra-gosto, aqui jaz Inácio”. Ele sabia que iria morrer, mas não queria, de jeito algum.

  3. Pé Vermelho

    Amigo meu, funcionário do INSS, já tem o seu epitáfio pronto: ‘Dirija-se ao guichê ao lado”. Outro, xerife, mandou escrever: ‘O que vocês estão olhando? Circulando…circulando…

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